O ANSEIO PELA PAZ
[mensagem para o Ano Novo]



 

“Graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus, e de Jesus nosso Senhor” (2Pe 1:2).

 

         O Natal passou e agora se aproxima a virada do ano, o Reveillon. E, como era de se esperar, as lojas estão repletas de roupas brancas, pois a humanidade anseia, desesperadamente, pela PAZ.

         A mídia faz a sua parte, veiculando a cada dia, imagens de violência, desastres e catástrofes que assolam o mundo, retratando o ódio do homem para com o seu semelhante, evidenciando que o caos está em todo lugar, levando a humanidade a almejar a tão sonhada paz, custe o que custar (inclusive pela guerra, se for preciso!).

         Nesse desespero por paz, as pessoas a procuram em locais onde jamais a encontrarão (falo da verdadeira paz). Muitos são iludidos por falsas religiões (seitas); outros, pelo misticismo da Nova Era, em suas várias facetas; outros, crêem que a paz é interior e tentam de todas as formas aumentar a auto-estima, apelando para a Psicologia ou outras falsas ciências (1 Tm 6:20). [tem até “crente” apelando para a meditação transcendental e a tal oração contemplativa...].

Ocorre que a paz que o mundo oferece é uma falsa paz, passageira, ilusória. Uma paz que dura poucos momentos, como uma droga e, quando passa o efeito (seja essa paz alcançada por uma droga, propriamente dita, ou através das ilusões da Psicologia e das técnicas místicas), tudo volta ao status quo, e a pessoa vê-se novamente atolada em seus problemas e se desespera.

Neste fim de ano, como em tantos outros, as pessoas vestir-se-ão de branco, ansiando pela paz. Porém, só há uma maneira da humanidade obter a verdadeira paz: pela fé em Jesus Cristo. Vejamos o que Ele mesmo nos disse:

 

Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14:27).

 

Quando um ímpio, iludido, veste-se de branco da cabeça aos pés, pula 7 ondas no mar, oferece “presentes” aos ídolos, faz simpatias, etc, em busca de paz no ano porvir, isto retrata perfeitamente o estado de perdição e ilusão em que se encontra. Eles se vestem de branco, pois “... não conheceram o caminho da paz” (Rm 3:17). Jesus Cristo disse: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”                  (Jo 14:6).

Coisa completamente diferente (e lamentável) é vermos aqueles que se dizem “crentes” imitarem o mundo e se vestirem de branco, nesta época do ano, em busca de paz ...

Uma coisa que sempre me surpreende, desde quando me converti ao Senhor Jesus Cristo, é ver como certas “tradições”, sejam elas pagãs ou “cristãs”, são incorporadas às igrejas ditas “evangélicas”. Não consigo compreender como os crentes desejam tanto imitar o mundo e tudo o que nele há [Seja festejando o Natal, o Carnaval (blocos, trios elétricos e marchas “evangélicas”...), Festas Juninas, etc].

O fato de se usar uma roupa de cor branca, por si só, não é proibido ao crente. Mas, nesta época do ano, período em que o mundo apela ao misticismo, na esperança de obter a paz, não deveríamos fazer o mesmo, pois isso contraria a nossa fé.

Sei que pode parecer radicalismo da minha parte, mas, se não devemos imitar o mundo, muito menos deveríamos fazê-lo nas épocas de festividade pagã e agora na virada do ano.

Fico pasmo ao ver, nos cultos de fim de ano, a congregação repleta de pessoas vestindo-se de roupas brancas, anotando bilhetes com os desejos e projetos para o ano seguinte, depositando-os no altar, etc e clamando pela paz [quando não é o próprio pastor que assim se apresenta... Lamentável!].

A PAZ faz parte do fruto do Espírito: “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (Gl 5:22).

Devemos, sim, orar pela paz no mundo e, principalmente, em Jerusalém, pois a Bíblia assim o determina “orai pela paz de Jerusalém; prosperarão aqueles que te amam” (Sl 122:6), haja vista que nesses tempos finais, Jerusalém será o centro das atenções e problemas mundiais...

Vale lembrar que quando nos convertemos (e não apenas nos “convencemos”), nascemos de novo, somos novas criaturas. A Palavra de Deus nos diz que “... tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5:1).

A Bíblia não diz que “talvez tenhamos paz”, ou que “se fizermos alguma coisa teremos paz”. Mas ela nos afirma que “... a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” (Fp 4:7). Esta é a promessa. Temos PAZ em Jesus Cristo!

Isso não significa que, após a conversão, os problemas deixarão de existir. Nem que seremos ricos. Muito menos significa ausência de doenças. Jesus disse: “tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (Jo 16:33).

 

Crente, tenha bom ânimo! Jesus venceu o mundo! A PAZ já nos foi concedida!

 

A humanidade vai mais uma vez se banquetear e festejar, em busca de paz. Mas a Palavra de Deus nos afirma que “... o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14:17).

Eles vão obter a almejada (mas falsa) paz através do ecumenismo e da globalização política, econômica e (o que é pior) religiosa. Em nome do amor (mas, em sacrifício da verdade), as religiões unir-se-ão em torno de um líder mundial (um ditador, o anticristo), que forjará a tão desejada paz mundial. Eles querem a paz, não a verdade. Sabemos que a verdade divide e, por isso, o mundo não quer a verdade (a Palavra de Deus), somente a paz...

Diante desse quadro tenebroso que se aproxima, compete a nós, crentes nascidos de novo (esta expressão é um pleonasmo necessário nesses tempos de apostasia), anunciarmos ao mundo o único caminho para a verdadeira e duradoura paz.

Devemos fazê-lo com urgência, pois o anseio do mundo pela paz, irá ser atendido brevemente (ao que tudo indica) e, sabemos que “... quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão” (1Ts 5:3).

Em Apocalipse 6:4, lemos que essa paz ilusória durará muito pouco tempo: “E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra, e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada”.

Portanto, irmãos, que neste fim de ano, estejamos “vestidos de santidade” e não apenas de um branco exterior e possamos refletir a verdadeira paz, a paz que só possuem aqueles que têm Jesus Cristo como Único e Suficiente Salvador e Senhor.

 

“... Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas” (Rm 10:15).

 

Humberto Fontes

taniaehumberto@ig.com.br

29/12/2006





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