Superstição




Derivada do latim, superstitio, onis, o vocábulo designa “crença contrária à fé religiosa e à própria razão”. Etimologicamente, a palavra deriva de supersies, “sobrevivente”, “o que está sobre algo”. Inicialmente pois, significava “vidente”, “profeta“ já que o termo era empregado como referência a uma tentativa de encontrar uma explicação fora dos domínios da razão, buscando numa instância superior o sentido e a significação para um fato aparentemente inexplicável. Atualmente o conceito tem sido utilizado com freqüência como resultado de processos derivados do preconceito em relação à certas práticas quando estas não se coadunam com as opiniões e/ou princípios religiosos de uma determinada pessoa. Em outras palavras, o indivíduo, muitas vezes acometido por fanatismo em relação a sua religião de escolha, denomina como sendo supersticiosas as atividades ou preceitos de uma outra doutrina, por não se ajustarem a seus preceitos religiosos particulares. Não obstante, a superstição não é um conceito cujo significado possa depender da avaliação particular deste ou daquele indivíduo. A superstição é o resultado de complexos mentais antiqüíssimos, os quais atribuem um caráter religioso e sagrado a determinados fatos ou circunstâncias desprovidos de conexão com qualquer tipo de prática religiosa ou filosófica presente numa dada cultura. São crenças infundadas, baseadas em fatos isolados e fortuitos. Além disso, a superstição é na maioria das vezes resquício de antigas práticas realizadas em antigos cultos atualmente inexistentes. A superstição leva à práticas, gestos, rituais, todos estes atitudes contrárias à razão e cujo caráter claramente defensivo está baseado em sentimentos de temor e medo. De acordo pois com a etimologia da palavra, uma religião ou uma prática religiosa, por mais estranha ou absurda que possa parecer aos olhos de um indivíduo não pode ser chamada de superstição desde que sejam aceitos e praticados pela comunidade ou por parte dela. Ela é, em suma a aceitação de preceitos e crenças religiosas estranhas e inadequadas aos costumes e sistemas de uma dada sociedade.

Em nossa sociedade, existem diversos costumes, aceitos e praticados com muita freqüência sem sofrer qualquer tipo de contestação e que são, em última instância resultantes de superstição. Este é o caso de do costume de se colocar atrás da porta de entrada uma vassoura com o intuito de livrar-se de uma visita indesejável; a utilização do trevo de quatro folhas como símbolo da sorte; a idéia de que o número treze é símbolo de mau agouro. Além disso, no entanto, existem outras práticas que foram assimiladas por nossa cultura e tratadas com tanta naturalidade que ocultam sua verdadeira natureza supersticiosa. Este é o caso do carnaval, uma reminiscência de ritos pagãos, o hábito de dar a mão como forma de saudação; a prática de decorar pinheirinhos na época do Natal, e até mesmo o hábito de “roubar” a imagem do Menino Jesus da imagem de Santo Antônio a fim de se conseguir casamento ou de reatar um noivado desmanchado.


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