São Logos e Rhema Diferentes,
Como Diz a Teologia da Prosperidade / Palavra da Fé?
Ou são Sinônimos?



Compilado por Hélio de Menezes Silva






http://williamdicks.blogspot.com.br/2006/02/rhema-vs-logos.html

Em algum lugar, em algum momento, alguém veio com a ideia de que a palavra grega 'rhema' tem um significado totalmente diferente do 'logos'. Eu não sei quem começou esta fraude mitológica, mas mais uma vez a igreja caiu no embuste!



http://bereianos.blogspot.com.br/2007/12/logos-e-rhema-desmistificado.html#.VIdL4zHF_T8 :

Os apologistas da confissão positiva fazem um "cavalo de batalha" sobre os termos gregos "logos" e "rhema" que significam "palavra", dizendo que há uma distinção entre eles no sentido de que
      - logos é a Palavra escrita, revelada de Deus, e que
      - rhema é a palavra dita, expressa de Deus, que faz com que as coisas sejam realizadas.
Desta forma, eles afirmam que podemos usar a palavra rhema para realizarmos no mundo espiritual e físico [tudo] aquilo que desejamos.

Entretanto, na Palavra de Deus não há sequer uma distinção teológica entre estes dois termos. Todo estudante da teologia sabe que os nomes sempre aparecem na Bíblia para designar uma função ou estado de um ser ou objeto. Por exemplo: o nome Jeová é o designativo da Divindade quando foi manifestada no tempo para a redenção de Israel; e El-Shadai para suprir a necessidade do povo a fim de que a promessa feita a Abraão fosse cumprida na sua totalidade (Êxodo 6.3). E quanto à ênfase dada por Jesus, "em meu nome expulsarão os demônios", nunca quis ele dizer que seria no poder do nome em si, mas na autoridade da pessoa que o nome se refere -- Jesus Cristo. A ênfase de Pedro, no capítulo dois, e versículo 38 de Atos dos Apóstolos: "e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo", não contradiz o mandamento do Senhor,"batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo".

Na Bíblia Sagrada, nome é o símbolo de autoridade. A sentença grega "epi to onomati Iesou Christou" (em nome de Jesus Cristo), explicita que o batismo deve ser feito na autoridade do nome de Jesus. As preposições gregas
      - epi - em nome, de Atos 8.38;
      - en - no nome, de Atos 10.48; e
      - eis - pelo nome,
implicam autoridade proprietária e direta legada à uma pessoa! Portanto, acrescentar valores superiores aos nomes mais do que às pessoas que eles representam, seria fabricar uma doutrina panteísta.

O Dr. Russel Shedd afirmou que Pedro não fez distinção sobre estes termos em sua primeira carta, capítulo 1.23-25: "
"23 Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra (logos) de Deus, viva, e que permanece para sempre.24 Porque Toda a carne é como a erva, E toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor;25 Mas a palavra (rhema) do Senhor permanece para sempre. E esta é a palavra (rhema) que entre vós foi evangelizada."

Como podemos ver, na mente do apóstolo não havia distinção entre estas palavras. Sendo assim fica desfeita a pretensão daqueles que querem forçar uma interpretação e aplicação errônea destes termos.

Na verdade poderíamos defini-los como termos sinônimos: O termo rhema significa“palavra, coisa”; enquanto em logos, os léxicos apresentam uma extensa variedade de significados como: “palavra, discurso, pregação, relato, etc”. Mas ambos os termos coincidem-se.

Alguns chegam ao absurdo de declarar que o texto de 2Crônicas 29, relativo ao rei Ezequias [estabelecndo seu reino e oferecendo sacrifícios, usa] a palavra rhema. Ora Rhema é termo grego, completamente desconhecido ao hebraico do livro de Crônicas. Aqui, a heresia [dos "teólogos da prosperidade"] dividiria as Escrituras em duas categorias, o que além de ser herético, é histórica e exegeticamente um absurdo. Nisto vemos que [segundo os teólogos da prosperidade"] o "logos" de Deus não faz mais tanto sucesso quanto o "rhema" da confissão positiva: [rhema] é a Palavra Turbinada. Só a Palavra não serve... tem que ter a "revelação".

Portanto, esta diferenciação entre "logos" e "rhema" não tem base bíblica e representa o momento típico dos dias em que vivemos em se falando de teologia.

 

Michael Horton (La agonía del engaño, (Chicago: Moody, 1990), p. 127):

[Para os errados defensores da teologia da prosperidade,]
      - “El “LOGOS” es la palabra revelacional, la palabra mística, directa que Dios habla al creyente.
      - El “RHEMA” es la palabra que los creyentes deben decretar o confesar para traer prosperidad y sanidad a esta dimensión. [sublinhado por Hélio]


Kenneth Copeland [errado defensor da teologia da prosperidade] em El poder de la lengua, pag. 15:

"En tu condición de ser un creyente nacido de nuevo, estás equipado con la Palabra. Tienes el poder de Dios a tu disposición. Al dejar penetrar la Palabra en tu espíritu y al declararlo con tu boca liberas poder espiritual para cambiar cosas en las circunstancias naturales." [sublinhado por Hélio]



Paulo Romeiro, no seu livro Super Crentes. 6. ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1996. p. 28-29. Copiado de http://pastorgilsonsoares.blogspot.com.br/2013/05/qual-diferenca-entre-logos-e-rhema.html:


Há dois termos na língua grega para o vocábulo ''palavra": logos e rhema. Os pregadores da confissão positiva estão sempre fazendo um grande alarde sobre uma suposta distinção entre estas duas palavras. Entretanto, há pouca diferença entre estes dois termos no grego original. Seria como "enorme" e "imenso" no português. Michael Horton esclarece:


Os ensinadores da fé inventavam uma falsa distinção de significado entre essas duas palavras gregas.
      - Rhema, dizem eles, é a ''palavra'' que os crentes usam para “decretar” ou "declarar" a fim de trazer prosperidade ou cura para esta dimensão. É o "abracadabra".
      - Depois vem logos, ou "a palavra de revelação" que é a palavra mística, direta, que Deus fala aos iniciados. O termo pode-se referir também à Bíblia, mas é geralmente empregado no contexto de sonhos, visões e comunicações particulares entre Deus e seu "agente".

Assim, quando alguém lê uma referência na literatura do pregador da fé à "Palavra de Deus", ou "agir sobre a Palavra" e outras, o autor não está mais se referindo à Palavra de Deus escrita, a Bíblia, mas, sim, ao seu próprio "decreto" (rhema) ou uma palavra pessoal de Deus para ele (logos).

Conversando no início de 1991 com o Dr. Russell Shedd (uma das maiores autoridades em Novo Testamento, do Brasil) sobre este assunto, ele comentou que o apóstolo Pedro não fez distinção entre estes dois termos quando escreveu 1 Pedro 1:23-25:


v. 23:
Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra (logos) de Deus, viva, e que permanece para sempre [ACF]
v. 24: Porque Toda a carne é como a erva, E toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor; [ACF]
v. 25: Mas a palavra (rhema) do Senhor permanece para sempre. E esta é a palavra (rhema) que entre vós foi evangelizada. [ACF]

Esta passagem é uma citação de Isaías 40:6-8.
6 Uma voz diz: Clama; e alguém disse: Que hei de clamar? Toda a carne é erva e toda a sua beleza como a flor do campo.7 Seca-se a erva, e cai a flor, soprando nela o Espírito do SENHOR. Na verdade o povo é erva.8 Seca-se a erva, e cai a flor, porém a palavra ["rhema", na Septuaginta, 'logos" em 1Pe 1:25] de nosso Deus subsiste eternamente. [ACF]


Na Septuaginta, a versão grega do Antigo Testamento, o termo grego para "palavra", no versículo 8, é rhema [e, na citação de Is 40:8 em 1Pe 1:25, é logos], ficando assim confirmada a despreocupação de Pedro em usar tanto um termo quanto o outro como sinônimos.

Compilado por Hélio de Menezes Silva, dez.2014




Ver também:
http://www.christian-witness.org/archives/cetf2005/rhema33.html



Somente use Bíblias traduzidas do Texto Tradicional (aquele perfeitamente preservado por Deus em ininterrupto uso por fieis): BKJ-1611 ou LTT (Bíblia Literal do Texto Tradicional, com notas para estudo) na bvloja.com.br. Ou ACF, da SBTB.