A Questão da Cura pela Fé



 

 Este é um exame das afirmações da cura pela fé e dos sistemas de cura divina, à luz das Escrituras e da história.



 

 

O Crente e a Doença

 Todos os curandeiros da fé costumam usar uma promessa feita exclusivamente a Israel, conforme Êxodo 15:26: “Se ouvires atento a voz do SENHOR teu Deus, e fizeres o que é reto diante de seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o SENHOR que te sara”. O uso desta passagem pelos crentes do NT, os quais não estão sob a lei, mas sob a graça, é incorreto. A graça não nos impõe tais condições. Sobre esta inapropriada promessa, muito do seu ensino quanto à doença na vida do crente é embasado. Em resumo, eles querem que o crente acredite no seguinte: “Obedeça ao Senhor, preencha as condições do texto e Ele cumprirá Sua promessa; e nenhuma das doenças do Egito virá sobre você”. E todos os outros sistemas de cura também usam esta expressão. Obediência cumprida para que nenhum filho de Deus possa ficar doente. A saúde perfeita é o resultado da perfeita obediência. Mas, obediência a que? Se voltássemos a viver sob a lei, ficaríamos obrigados a cumprir toda a lei que o Senhor deu ao povo de Israel [N.T.: ou seja, os Dez Mandamentos que foram desdobrados em 613]. As leis diárias estão incluídas, bem como todas as leis cerimoniais de higiene, as leis governando o vestuário e as leis sabáticas. Para obedecer a tudo isso, o crente deveria também guardar o sábado, que é o sétimo dia da semana, em vez de guardar o primeiro dia, que é o domingo. E guardar o sábado, minuciosamente, com tudo que é exigido, como por exemplo: não acender fogo, vela ou lâmpada, pois se uma só destas leis fosse quebrada, o crente ficaria sob a ameaça de maldição. E mesmo que um cristão fosse tão tolo ao ponto de tentar guardar literalmente os mandamentos e estatutos dados a Israel, ele iria descobrir que a promessa não funciona na dispensação atual. A racionalização seguida pelos curandeiros da fé, em conexão com esta passagem, é espantosa. Eles dizem que “um crente pode gozar saúde perfeita se obedecer ao Senhor. Se um filho de Deus fica doente esta é uma evidência de que ele pecou e vive em pecado”. Vamos citar um trecho retirado de um volume que trata da “Cura Divina”:

 “Se pudéssemos agora colocar a questão diretamente diante do próprio Senhor e Ele nos dissesse, conforme disse a Moisés, nas águas curativas de Mara: ‘Eu sou o Senhor que cura’, Sua resposta não seria mais conclusiva do que está na Sua Palavra escrita. De fato, Ele é tão meridianamente revelado em Seu ofício de curar o corpo como é o Salvador da alma. O’, que benção é a contínua liberdade dos males físicos, seguida apenas pela liberdade da coisa mais odiosa na vida do crente, isto é, o pecado, para cuja cura nos é prometida ajuda. Uma das coisas em que é vista a sabedoria de Deus, na lei da saúde é esta: ... ela simplesmente obriga Deus a não deixar que os Seus filhos adoeçam, se estes derem ouvidos à Sua voz. Na lei da saúde, Ele tem permitido preservá-la sob a condição de escutarmos diligentemente a Sua voz e obedecê-la”.

 Outros curandeiros da fé têm até mesmo pronunciado e colocado estas coisas como sendo verdades do Evangelho, dizendo que: se um crente confiar plenamente no Senhor, ficará isento de qualquer doença, mas, se ficar doente e sua oração ou unção com óleo não derem resultado, é porque deve haver algum pecado em sua vida. Ora, se estas declarações são bíblicas, conclui-se que Deus fica obrigado, pela fidelidade às Suas promessas, a curar o enfermo, em resposta à sua fé. Então, um crente pode ficar certo de que sua oração será usada em resposta à oração feita em qualquer caso semelhante, em qualquer doença e em qualquer tempo. Também se conclui que, se o crente for obediente, enquanto ele permanecer em obediência, pode ficar a salvo de qualquer doença ou moléstia. E, se ele herdou uma desordem física, esta é também uma clara evidência de um pecado cometido e não confessado.

 Contudo, alguns dos homens que batalharam por estes ensinamentos, neles acreditaram, e os ensinaram a milhares de pessoas, tendo publicado livros sobre o assunto, foram acometidos de doenças e morreram. O falecido A. B. Simpson foi afetado, mental e fisicamente, durante pelo menos dois anos. Alguns dos seus seguidores realmente asseguravam que ele deveria ter saído da linha de uma completa consagração, pois, de outro modo, teria sido curado. Quando outro líder da “Cura pela Fé” foi levado, no meio de suas “atividades de cura”, o falecido Dr. James H. Brooks fez algumas observações pertinentes e saudáveis, as quais vamos citar:

 “Ele tinha certeza de que o poder de Deus seria usado diretamente em cada caso de doença, tanto em pequenos como em grandes ataques; e é óbvio que a idade não pode atrapalhar o propósito divino, nem derrotar as promessas divinas. Se a oração da fé pode neutralizar a doença, quando os doentes estão no máximo com quarenta anos de idade, ela deveria agir do mesmo modo com as pessoas de 70, 80 ou 90 anos, e assim por diante.

Conforme a teoria de que a fé sempre funciona sobre o Todo Poderoso, obrigando-O a não permitir doenças em Seus filhos, se estes derem ouvidos à Sua voz, os tais deveriam viver muito, a não ser que a sua fé e fidelidade falhem totalmente. Deve-se replicar que isso entraria em direto conflito com a meridiana declaração da Escritura, em Hebreus 9:27: E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo”, a qual se refere tanto ao jovem como ao idoso morrendo, e a oração da fé já não pode ignorar a declaração de Deus, a qual se refere ao jovem e ao idoso. Quando o tempo fixado pelo decreto é alcançado, o cristão morre, do mesmo modo como acontece aos curandeiros da fé, não importa qual seja a sua teoria”.

As deduções do texto citado são antibiblícas, irracionais e cruéis. Milhares e milhares de bem amados filhos de Deus, os quais estão sofrendo em seus corpos, em doce submissão à Sua vontade, são rotulados pelo uso deste horrendo texto como pecadores voluntários, os quais continuam obstinadamente a pecar e por isso continuam doentes. Alguns dos poderosos homens de Deus, instrumentos escolhidos pelo Espírito Santo, homens diante de quem os atuais “curandeiros pela fé” não passam de pigmeus, foram afligidos, como o foi o maior de todos eles, o Apóstolo Paulo, com um espinho na carne. Eles sofreram enfermidades de vários tipos. Eles também clamaram ao Senhor por livramento, tendo recebido a mesma resposta que Paulo recebeu: “A minha graça te basta”. Acusá-los de direta desobediência e de descrença, como sendo a causa da fraqueza física e de suas contínuas enfermidades, é indescritivelmente absurdo e cruel. Pensemos nos milhares de “confinados”. Eles estão vivendo na maior comunhão possível com o Senhor e pela sua meiguice e humildade, pela resignação sincera e sem queixa, submetendo-se à vontade de Deus, eles manifestam a completa suficiência de Sua graça para sustentá-los e guardá-los. Eles O glorificam milhares de vezes mais do que todos os curandeiros da fé com os seus métodos sensacionais.

No soneto escrito por John Milton, ele fala de sua cegueira: “sempre servem os que apenas permanecem quietos e esperam”. O ministério do louvor e a oração de intercessão praticados diariamente por homens e mulheres paralíticos, por cegos ou pelos que estão sofrendo outros males, os quais os têm suportado por muitos anos, preenchem o céu com suave fragrância. Ao visitar esses sofredores e observando a sua paciência e espírito de agradecimento e louvor, nós nos sentimos na presença de Deus, mais do que em qualquer outro lugar, neste lado do céu. Não importa que as câmaras de paciente sofrimento tenham sido os locais do nascimento de muitas almas. Nem devemos esquecer as abençoadas canções que brotaram nas suas longas noites de sofrimento e provação. Além de John Milton, o qual, como o rouxinol, cantou mais docemente quando chegou a noite, após ter ele perdido a visão, mencionamos John Mathelson e Fanny Crosby, ambos também cegos. As palavras nos falham, quando mencionamos a cruel e dogmática expressão de que “Cristo morreu pelas nossas enfermidades físicas, que Ele é o médico do nosso corpo e de nossa alma e, portanto, o cristão não precisa ficar doente, física ou mentalmente, e se ficar é porque vive em pecado e não obedece ao Senhor”.

O Novo Testamento ensina que a salvação, no tempo atual, está confinada à parte espiritual do homem. O corpo do crente tem a promessa de uma futura redenção. Seu corpo mortal está condenado à morte por causa do pecado e é chamado “corpo abatido” (Filipenses 3:21). Conforme antes declarado, em Romanos 8:11, quando lemos sobre “a vivificação dos corpos mortais”, isso não significa uma ressurreição atual, mas futura. O Apóstolo Paulo fala, no mesmo capítulo, da “ansiosa expectação” (Romanos 8:19-22). O Espírito Santo acrescenta: “E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo (verso 23). A redenção do nosso corpo é futura. Ela significa o livramento das condições atuais, resultantes do pecado; das atuais limitações e também significa um corpo glorificado, quando a corrupção dará lugar à incorrupção (dos que serão levantados da morte - 1 Coríntios 15:52) e esse corpo mortal será revestido de imortalidade (quando o Senhor nos arrebatar, conforme 1 Tessalonicenses 4:17).

Falando praticamente, o corpo do filho de Deus em nada difere do corpo do descrente, mesmo com o Espírito Santo habitando no corpo do salvo. Os crentes contraem doenças violentas, sofrem de cegueira, de surdez e de outras aflições, do mesmo modo como acontece aos descrentes. Não existe diferença alguma entre a dor que um e outro venham a sofrer. Se o Senhor não regressar logo, todo filho de Deus, mais cedo ou mais tarde, vai morrer, do mesmo modo como vai morrer o incrédulo. Seu corpo será sepultado, do mesmo modo como o corpo do incrédulo. E a mesma corrupção que vai corroer o corpo do incrédulo, também vai corroer o corpo do santo de Deus. Somente um tolo ou desonesto pode negar esses fatos.

Contudo, não devemos esquecer que o Novo Testamento tem muito a dizer sobre o corpo do crente, mesmo este não diferindo fisicamente do corpo do incrédulo. O crente deve apresentar o seu corpo “em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o ... culto racional” (Romanos 12:1). Ele deve usar os membros do seu corpo “para servirem à justiça para santificação” (Romanos 6:19). Ele é exortado a se lembrar que o seu corpo é o templo do Espírito Santo e que foi comprado por alto preço, a fim de glorificar ao Senhor, tanto no corpo como no espírito (1 Coríntios 6:19-20). O corpo deve ser mantido em sujeição (1 Coríntios 9:27). A verdadeira ambição de um filho de Deus é que “Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte” (Filipenses 1:20). O corpo deve ser tratado com honra. O sacrifício, que negligencia o corpo sob a desculpa de humildade, é pecaminoso. (Colossenses 2:23). O verdadeiro crente deve ficar atento a todas as exortações e instruções [N.T.: contidas nas Epístolas de Paulo].

 É muito significativo que, junto com todas essas exortações, não exista uma única promessa de que, se o crente for obediente às mesmas, ele ficará isento de enfermidades físicas ou que, no caso dele estar sofrendo de alguma, vai receber alívio instantâneo. A Bíblia não diz:“Apresentai os seus corpos em sacrifício vivo e eu lhes darei saúde perfeita e jamais ficarão doentes”. Não somente Paulo, mas uma porção de destacados crentes do Novo Testamento, os quais subjugaram seus corpos, não se conformaram, com este mundo e deles se separaram, adoeceram e até faleceram, como por exemplo: Paulo, Epafrodito, Trófimo e Timóteo. O Espírito nos deu um registro desses quatro, a fim de ficarmos sabendo que os verdadeiros crentes não estão livres de doenças e que as “teorias da cura divina” não são verdadeiras.

 Por que os filhos de Deus precisam adoecer? Por que eles precisam sofrer? Por que eles têm de batalhar em seus corpos frágeis, quando são acometidos de enfermidades? A resposta já foi dada. Os filhos de Deus [N.T.: como qualquer outro ser humano] têm corpos sujeitos a todo tipo de enfermidade e essas enfermidades podem ter sido herdadas dos antepassados ou simplesmente adquiridas. Isto sem mencionar que algumas enfermidades são permitidas por Deus, para a Sua própria glória. Sabemos que os curandeiros da fé repudiam a idéia de que Deus possa usar a enfermidade. Para eles, a doença é coisa do Diabo e toda doença é vista como obra de demônios. Contudo, não é isso que a Bíblia ensina. Quando Deus permite a doença, Ele também dá força, a fim de que a suportemos com submissão:“O SENHOR o sustentará no leito da enfermidade; tu o restaurarás da sua cama de doença” (Salmos 41:3). Então o crente descobre que “a sua graça é suficiente e que o poder de Cristo se aperfeiçoa na sua fraqueza” (2 Coríntios 12:9). Em cada doença, enfermidade e aflição física, é-nos dada a oportunidade de glorificar o nosso Senhor. Receber tudo como se viesse das mãos de um Pai amoroso e nEle confiar totalmente, cantando louvores, mesmo em noites de sofrimento, é o resultado de Sua graça naquele que O glorifica. É receber, através do sofrimento físico, Suas ternas misericórdias, sabendo que Ele fica tocado pelo nosso sofrimento, pois Ele mesmo foi tentado e sofreu, do mesmo modo como nós agora somos, o que se torna em bênção. Se os filhos de Deus ficassem isentos de doenças e dores, conforme dizem os curandeiros da fé, eles seriam privados do conforto espiritual do nosso Sumo Sacerdote. Por isso é que o Senhor permite que, freqüentemente, venham-nos enfermidades, as quais sempre contribuem para o nosso próprio bem (Romanos 8:28). Ele nos vira pelo avesso, a fim de podermos olhar para o alto: “Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra” (Colossenses 3:2) A lição de absoluta dependência do Senhor precisa ser constantemente aprendida, pois, infelizmente, nós a esquecemos, rapidamente. Por isso Ele coloca Sua mão gentil, amorosa e disciplinadora sobre nós, para nos ensinar novamente a lição e nos levar para mais perto Dele, afastando-nos desta era enganosa e passageira. Beijemos voluntariamente a vara com a qual Ele nos disciplina, sabendo que “todas as coisas contribuem para o nosso bem”(Romanos 8:28).

 Muitos cristãos têm testemunhado que a sua mais abençoada comunhão com Deus aconteceu sobre uma cama de enfermidade e que bênçãos profundas e duradouras vieram através das enfermidades que atravessaram, ou de enfermidades dos seus entes amados, conforme o Salmo 119:71: “Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos”. A doença também pode ter sido enviada por causa de algum pecado: Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem. Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo” (1 Coríntios 11:30-32).



 

Quais são, portanto, os recursos do crente na enfermidade?

 A resposta é conhecida por todo filho de Deus: a oração. O gracioso apelo ao Seu povo amado, para que ore, para que fique mais próximo dEle, buscando a Sua face, clamando pelo Seu Nome e pelas promessas de que Ele vai escutar e responder os clamores do Seu filho dependente, são encontradas em muitas passagens da Palavra Santa, como por exemplo: Salmos 1:15; 86:7; 91:15; 145:18; Lucas 11:9; Marcos 11:24; João 14:13-14; 16:23. A essas promessas pronunciadas pelos Seus próprios lábios, devemos acrescentar Filipenses 4:6 e 1 João 5:14-15. O filho de Deus pode fazer uso constante de todas essas promessas. Alguém me perguntou, anos atrás: “Você acredita na oração?”. Não seríamos cristãos verdadeiros, se não acreditássemos. A nova vida começa com a oração. Ela é a respiração da nova natureza. Nem é preciso dizer que o grande privilégio do crente, quando chega a doença, é correr à presença do Senhor. Seu instinto espiritual o conduz a clamar imediatamente ao Pai celeste, clamando por ajuda e livramento, quando prostrado pela doença, ou quando assim se encontram os membros de sua família.

 Se fôssemos escrever sobre a oração e traçássemos o seu uso e as respostas à mesma, na história da igreja, iríamos ver quão proeminente ela é, e quão grande é a quantidade de testemunhos que existem, de que Deus ouve e responde às orações. Vamos dar algumas ilustrações.

 Martinho Lutero jamais poderia ser acusado de fanatismo. Seitas extremistas eram por ele denunciadas, impiedosamente. Ele tinha muita fé na oração, quando o caso era a doença. Certa vez, o seu amigo do peito, Melancton, adoeceu gravemente, em Weimer. Lutero observou que ele havia sido privado da visão, da audição e havia ficado inconsciente. Ele falou: “Deus, proíbe isso! Como o Diabo desfigurou este Teu instrumento! ... E fez uma oração maravilhosa, com a confiança infantil de um filho de Deus. Tomou Melancton pela mão e disse:“Fique bem confortado, Filipe, pois você não vai morrer. Não se entregue ao espírito da dor, nem se torne o seu próprio assassino. Confie no Senhor, pois Ele tanto pode matar como pode dar a vida”. Melancton começou a melhorar e, mais tarde, confessou que “teria se tornado um homem morto, se não fosse pela vinda de Lutero”. Quando Micônio, o superintendente em Gotha, estava no último estado de consumição, Lutero lhe escreveu: “Que Deus não me permita saber, enquanto eu viver, que você está morto, mas que o leve a sobreviver. Sei que isso, prontamente, me será concedido, Amém”. Logo em seguida, Micônio começou a se recuperar.

 O reformador suíço Henry Bellinger, que viveu na mesma época, testemunhou a eficácia da oração, na hora da enfermidade. Ele escreveu:“Através da confiança em o Nome de Cristo, grande número de pessoas, gravemente afligidas e atacadas por moléstias, são restauradas novamente à saúde”. Richard Baxter, autor de tantas obras excelentes, declarou que muitas vezes havia sabido que “a oração da fé salva o enfermo, quando os médicos já têm perdido qualquer esperança.”

 George Fox, fundador da Society of Friends, dá um testemunho parecido. Muitas bênçãos vindas das orações em caso de enfermidades são também registradas na história dos Scottish Covenanters. Muitas páginas poderiam ser preenchidas de incidentes sobre incidentes. O “Journal” de John Wesley, fundador do Metodismo, relata muitas respostas às orações, em caso de enfermidades. Zindendorf, o fundador dos Hernhutters, conhecidos como Moravianos, possuía fortes convicções sobre a cura como resposta às orações, tendo influenciado John Wesley neste sentido. Vamos ditar uma experiência na vida de John Wesley, conforme foi publicada em seu “Journal”: “Em nossa festa do amor, além da dor nas costas e a fé que ainda persistia, exatamente quando comecei a orar, fui atacado de uma tosse, a ponto de quase não poder falar. Clamei a Jesus para que Ele aumentasse a minha fé e confirmasse em mim a Palavra de Sua graça. Enquanto estava orando, a dor sumiu, a febre me deixou, a força do corpo voltou e durante muitas semanas não senti fraqueza alguma nem dor.”

 Outra experiência interessante é relatada no mesmo “Journal”: “Minha desordem antiga voltou com maior violência. Um pensamento me veio à mente: ‘Por que não apelar a Deus, no início, em vez de no fim da minha doença?’ Fiz isso e encontrei alívio imediato, de modo a não mais precisar de medicamento”. O incidente a seguir mostra a fé infantil desse grande homem: “Meu cavalo era muito manco e minha cabeça estava doendo, havia meses. Então pensei: ‘Será que Deus não pode curar tanto o homem como o animal?’ Imediatamente, meu cansaço e a dor de cabeça cessaram e meu cavalo parou de manquejar, e nunca mais isso aconteceu, a partir daquele dia.” (O que asseguro aqui é puro fato, no qual todo homem vai acreditar, se quiser). Em seguida, ele relata outros assuntos pelos quais ele e outros oraram na doença, tendo o Senhor correspondido à sua fé. John Wesley sofria de várias enfermidades e foi curado. Ele possuía bons conhecimentos sobre os medicamentos que costumava usar para ele mesmo e para os outros.

 Milhares de filhos de Deus tiveram experiências semelhantes em caso de doença, demonstrando o fato de que Deus escuta e responde às orações. Todos os legítimos ministros do Evangelho e os que exercem o pastorado têm orado pelos enfermos e muitas dessas orações são respondidas. Este autor esteve pregando e ensinando a Palavra de Deus, durante muitos anos. Centenas de pedidos de oração pelos enfermos chegaram. Centenas de vezes visitamos os enfermos, ajoelhando-nos ao lado dos seus leitos, em hospitais, e muitas vezes vimos a graciosa resposta de Deus às orações feitas, com a cura de enfermos. Muitas vezes também adoecemos ou vimos nossos amados caírem gravemente doentes e o Senhor respondeu ao clamor por livramento. Mais recentemente, tivemos um caso na família mais próxima, o qual parecia desesperador. Um dos mais famosos cirurgiões declarou que o caso estava além de sua competência. Orações incessantes foram feitas e o Senhor respondeu tão misericordiosamente que houve uma recuperação imediata, sem que houvesse necessidade de uma cirurgia, o que foi considerado pelo cirurgião como se tratando de um milagre.

 Mostramos um lado da moeda e agora vamos mostrar o outro. Centenas de cristãos têm clamado ao Senhor, quando a doença invade o seu lar, tendo orado com fé, agonizado em oração, implorando que o Senhor lhes envie livramento. Eles pediram a outros que a eles se unissem em oração pela cura, porém não houve recuperação alguma e os amados foram arrancados do seu lar. Todas as condições mencionadas na Palavra de Deus, em conexão com a oração efetiva, foram usadas. Houve uma fé sincera. Houve perfeita concordância na oração. Humilhação, confissão de pecados e autojulgamento não foram dispensados e, contudo, não houve resposta. Milhares de inválidos e de crentes atuantes estão vivendo hoje no sofrimento, com várias enfermidades. A oração da fé tem crescido em seu favor, orações feitas em o Nome de Jesus, porém a resposta que veio do trono de Deus foi: “A minha graça te basta”.

 Tanto as orações respondidas no livramento das doenças mais graves, como as não respondidas, quando as aflições permanecem e a morte chega, demonstram que a criatura feita do pó sempre se inclina a esquecer a soberania de Deus. Ele é soberano no controle da vida do Seu povo. Ele controla o seu tempo e destino na Terra, pois além de Sua soberania está a infinita sabedoria unida ao Seu infinito amor. Enquanto Cristo esteve neste mundo, Ele fez tudo corretamente. Bendita segurança para todos nós. Quer Ele responda à oração na enfermidade, curando o doente, ou não responda à oração pelo seu restabelecimento, tudo vai ficar bem, porque Ele está no controle. E a verdadeira fé é a que se submete à Sua vontade soberana. O que temos a dizer é simplesmente: “Vai bem!” (2 Reis 4:26).

 A fé não significa uma cega confiança, demonstrando que se consegue tudo que se deseja, pois isso iria destronar Deus, colocando em nossas mãos o cetro que somente a Ele pertence e tornando-O um poder simplesmente obediente aos nossos tolos caprichos.

 Ao citar as promessas da oração do Senhor, em João 14:13-14, bem como em outras passagens, o Dr. Brookes escreve: “São estas as palavras do próprio Senhor Jesus Cristo e não existe limite para o poder que Ele coloca nas mãos do crente. A condição única é ter fé e pedir em o Nome do Filho de Deus. Contudo, deve-se observar que a condição implícita é que a oração esteja necessariamente de acordo com a Palavra escrita e a exata vontade divina. Sem isso, pode haver fanatismo e não fé; pode haver anseio, mas não unidade com Cristo; nenhum pedido, como se Ele tivesse expressado a Sua própria vontade através dos lábios humanos; nenhuma inspiração da petição colocada pelo Seu Espírito, no coração de quem ora. Tudo isso está implícito, quando se pede algo em Seu Nome. É de suma importância que guardemos isso em mente, durante nossas petições”. Ele prossegue:

 “E não seria por guardar as condições dessas benditas promessas relativas à oração que todos nós, os cristãos da Terra, poderíamos ficar ricos em posses mundanas, visto não haver garantia alguma na Palavra escrita que a vontade do Pai seja que todos os Seus filhos sejam ricos em ouro, prata e terras, ou que fosse bom para eles possuir bens imóveis. Exatamente por isso não existe garantia alguma na Palavra escrita de que nosso Pai deseje que todos os Seus filhos fiquem isentos (ou que fosse melhor que eles ficassem isentos) de enfermidades, durante esta dispensação do sofrimento. Por outro lado, é explicitamente dito que “aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo” (Hebreus 9:27). Portanto, nenhuma quantidade de oração poderia anular este decreto, enquanto o Senhor não estiver pessoalmente de volta à Terra. É um grave erro insistir em se viver eternamente nesta era da cruz, o que se tornará realidade apenas no dia do Seu regresso. Não existe uma promessa sequer, uma linha sequer, desde o primeiro verso de Gênesis, até o último verso do Apocalipse, dizendo que Deus vai usar o Seu infalível poder, em todos os casos de oração pela enfermidade, nos pequenos e graves ataques”.

 E aqui nos colidimos mais uma vez com a “cura divina”. Os homens e mulheres que andam pelo país realizando “reuniões de cura” fazem declarações absolutamente antibíblicas, sendo presunçosos e audaciosos. Claro que eles acreditam na oração e usam a oração, porém fazem ousadas declarações, dizendo que, quando se ora pela cura de um enfermo, não é preciso dizer: “Seja feita a tua vontade”. Usar esta frase, segundo um importante líder da (hipnose) “cura divina”, é demonstrar descrença. Deve-se ficar persuadido de que este é o Seu desejo, de modo que o uso da frase: “Seja feita a tua vontade” não demonstra dúvida. Sua racionalização é algo assim: “Deus não é o autor do mal, da dor, da doença e as enfermidades físicas não estão de acordo com a Sua vontade; toda doença é obra do Diabo; o Filho de Deus veio para destruir as obras do Diabo; na cruz, Ele conquistou uma cura dupla para uma dupla maldição; Ele morreu pelos nossos pecados e pelas nossas enfermidades, também. Desse modo, o Seu desejo é que todos os que Nele crêem estejam bem e, se ficarem enfermos, Ele vai curá-los, caso tenham fé. Por isso, dizer “Seja feita a tua vontade” significa descrença”. Todo o argumento, conforme declaramos, está absolutamente errado e sem qualquer respaldo bíblico. Os curandeiros da fé das gerações passadas, jamais usaram essa linguagem extremista. Contudo, existe uma simples razão para toda esta presunção. Um hipnotizador exige a entrega total do paciente. Se isso não acontece, ele fracassa e o seu poder deixa de funcionar. O hipnotizador que subsiste em todo mestre da “cura divina” das massas é uma realidade. Os passes dados, as quedas das pessoas tratadas, as sugestões feitas, as sensações de alívio temporário experimentadas e o fato de que, após o término das campanhas, quando os curandeiros da fé se vão, os resultados desaparecem, são evidência suficiente para essa acusação.

 Todo crente, espiritualmente convencido de estar chegando à presença de um Deus santo, justo e soberano, com a exigência de “O Senhor deve”, usa uma frase exclusiva de lábios humanos, de uma criatura feita do pó e isso não é fé, mas presunção. Isso desonra o nosso Deus, insultando-O e insultando a Sua autoridade. Isso exalta a criatura acima do Criador, colocando a finita sabedoria humana acima de sabedoria infinita e amorosa de Deus, o Único que sabe o que é melhor para os Seus filhos. “E ele lhes cumpriu o seu desejo, mas enviou magreza às suas almas” (Salmos 106:15). Que desastre seria se cada pedido levado à presença de Deus fosse atendido conforme o nosso desejo. Além de trazer prejuízo à alma, ele poderia resultar em um mal após o outro.

 Uns 45 anos atrás, o Dr. Joel Parker, um dos pregadores da cidade de Nova York, conhecido como um fiel servo de Deus, declarou publicamente na imprensa que, logo após ter assumido o ministério, foi procurado por uma senhora com um pedido de oração pelo filho, que estava gravemente enfermo. Ele se ajoelhou diante da angustiada mãe e do berço do filho, pedindo que Deus curasse a doença e poupasse o filho amado daquela senhora, se essa fosse a Sua vontade. A mãe o segurou pelo braço e exclamou: “Eu não o chamei aqui para orar desse modo. Não quero que o senhor diga ‘seja feita a tua vontade’. Não me interessa qual seja a vontade de Deus; a minha é que o meu filho seja curado”. O fato é que Deus poupou o filho para que aquela senhora, no futuro, visse o mesmo pendurado pelo pescoço, sendo enforcado, por ter cometido um assassinato.

 O elemento essencial na oração do crente é pedir: “Seja feita a tua vontade”. Ele não diz: “Se eu pedir alguma coisa conforme a minha vontade, Ele vai escutar”, mas diz: “Se eu pedir alguma coisa segundo a Sua vontade, Ele vai escutar”. Sem este elemento, a oração não é oração, mas presunção. Neste caso, a fé na oração é legítima, mas a vontade de Deus é relegada. É como se uma criança chegasse ao pai terreno e insistisse em ter aquilo que o pai sabe que vai prejudicá-la. A oração mais elevada que se pode fazer é aquela ensinada pelo Filho de Deus, a qual diz: “Seja feita a tua vontade”; uma oração que é agradável e aceitável ao Pai celestial.

 Não devemos esquecer o Filho Perfeito, o Qual, imerso num abismo de dor, orou: “Agora a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora; mas para isto vim a esta hora. Pai, glorifica o teu nome. Então veio uma voz do céu que dizia: Já o tenho glorificado, e outra vez o glorificarei” (João 12:27-28). O Pai não livrou o Filho dessa hora de horror, mas Ele glorificou o Seu nome e o Pai O honrou, colocando-O, mais tarde, à Sua destra, nas mansões celestiais. Do mesmo modo, Ele deixa o sofrido e cansado filho de Deus, sobre um leito de enfermidade e sofrimento clamando: “Pai, glorifica o Teu nome”. Três coisas são deixadas ao crente tentado e cansado: a frase reconfortante “A minha graça te basta” (2 Coríntios 12:9); a consoladora promessa contida na 2 Coríntios 4:17:“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente”; e a doce garantia de Hebreus 12:11: “E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela”.

 Para terminar, vamos a uma palavra sobre os meios. Deveria um crente que está sofrendo neste corpo usar meios de contra-atacar as enfermidades físicas? Achamos que o uso de meios e de um médico são perfeitamente bíblicos e racionais. A rejeição destes torna-se antibíblica e irracional. Os extremistas curandeiros da fé rotulam os médicos como instrumentos do mal e o uso de medicamentos como sendo do Diabo. Em todas as suas campanhas de cura, a profissão médica é minimizada e ridicularizada; os médicos (e cirurgiões) são tratados como inúteis em qualquer doença, e os “pais da cura” tentam simplesmente a cura para tudo. Ou são ignorantes do avanço da Medicina, da cirurgia e dos medicamentos, ou então simplesmente amaldiçoam voluntariamente esses meios.

 Temos lido uma boa quantidade de literatura da Ciência Cristã, da Cura pelo Espírito, da Cura Mental, da Cura pela Fé e da Cura Divina. Tudo não passa de um verdadeiro carnaval de ignorância. Nunca encontramos qualquer citação de Lucas, o médico amado, que os curandeiros da fé parecem ignorar. Eles ignoram que o Espírito de Deus o qualificou com esse termo, neutralizando qualquer resquício de que fosse errado ser um médico. E o que dizer das palavras de cura ditas pelo Senhor, em Mateus 9:12? “Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes”. Aqui Ele sancionou a profissão médica. Ou, pelo menos, absteve-se de denunciar quem a pratica. Na parábola do Bom Samaritano, Ele sancionou o uso de medicamentos, omitindo qualquer palavra de reprovação. Em Tiago 5:14, lemos:“Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor”. Vemos aqui que o “azeite/óleo” não é um instrumento de unção sacramental, mas é usado como medicamento. Na 2 Timóteo 5:23, lemos: “Não bebas mais água só, mas usa de um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas freqüentes enfermidades” . [N.T.: Com efeito, um pouco de vinho pode compensar deficiência de suco gástrico no estômago, o qual é necessário para ativar a digestão. Alguns crentes não concordam com esta interpretação, achando que Paulo se referia ao suco de uva]. Vamos ao caso do piedoso Rei Ezequias, no Velho Testamento. O profeta Isaías foi divinamente instruído a dizer ao Rei que ele usasse um remédio, conforme Isaías 38:21: E dissera Isaías: Tomem uma pasta de figos, e a ponham como emplastro sobre a chaga; e sarará”. O Senhor curou a chaga do Rei, usando um emplastro de pasta de figos. Será que o Rei teria sido curado se [conforme os curandeiros da fé] ele se recusasse a obedecer ao Senhor, usando o meio por Ele indicado?

 Anos atrás, estive ligado à obra do Senhor, na parte oriental de Nova York. Fui visitar a população carente, num distrito onde havia casas de cômodos. Num certo dia de Novembro, uma mulher foi atacada por febre alta. Ela pediu a visita de um membro da Christian & Missionary Alliance e foi ungida para a cura. A doença foi diagnosticada como sendo pneumonia. Chamamos um médico para confirmar o diagnóstico. Como a mulher não queria aceitar qualquer tratamento médico, este recomendou que ela fosse tratada por uma boa enfermeira. Aquela mulher mantinha a crença de que seria curada e a moléstia seguiu o curso normal. Quando esta atingiu o terceiro grau, chamamos novamente o médico. Ele veio e disse que os pulmões dela estavam clareando; porém, havia um certo ponto em que seria necessário o uso de emplastros, para liberar o muco acumulado. A doente recusou, declarando que o Senhor não precisava de emplastros para curá-la. Finalmente, ela não conseguiu se recuperar e depois de algum tempo veio a falecer.

 Existe apenas um texto para o qual esses curandeiros da fé costumam apelar, em sua denúncia contra os médicos e medicamentos. O Rei Asa foi punido pelo Senhor porque “... na sua enfermidade, não buscou ao SENHOR, mas antes os médicos” (2 Crônicas 16:12)[N.T. - Esses embusteiros da fé sempre apelam ao VT, pois no NT, onde se encontra o nosso evangelho, eles jamais encontrariam respaldo para os seus desatinos religiosos.] Eles dizem: “Se Asa não tivesse procurado os médicos, ele não teria morrido. Quem procura um médico é porque não confia no Senhor, preferindo confiar no médico”. Mas o caso de Asa foi totalmente diferente. Ele morreu porque não buscou o Senhor, não se humilhou diante Dele, não confessou os seus pecados nem abandonou os seus maus caminhos; por isso o Senhor o castigou com a morte, mesmo tendo ele buscado os médicos.

 Como já mostramos, Deus, em Sua infinita bondade e misericórdia, prevendo a ruína do homem e suas necessidades físicas, depositou, na natureza, maravilhosa provisão de medicamentos naturais, para amenizar as doenças, ajudando na cura das mesmas. Pecado é rejeitar a provisão divina.

Quando adoece, o crente, antes de tudo, precisa se voltar para o Senhor, buscando a Sua face. Ele faz um julgamento dos seus erros; confessa os seus pecados e fracassos; pede perdão dos mesmos e se coloca sob a mão de Deus, pedindo a bênção de uma rápida e completa recuperação, se for esta a Sua vontade. De modo algum, ele deve rejeitar os conselhos médicos; mas, usar os meios disponíveis, orando o tempo inteiro, a fim de que o Senhor abençoe os meios para que ele seja curado.

É assim que age um crente bíblico, com absoluta aprovação do Senhor. Saber que estamos em Suas mãos, como Seus filhos, e que, sem a Sua aprovação, nem mesmo um fio de cabelo cairá de nossas cabeças, podemos estar certos de que tudo que Ele permitir será para o nosso próprio bem (Romanos 8:28). Descansar em Suas cuidadosas mãos, sem qualquer medo ou ansiedade é uma das benditas porções dos Seus filhos amados.

Não podemos fechar este trabalho sem chamar a atenção do leitor para aquele dia melhor que está reservado para a humanidade. Esse dia não virá através de novas descobertas da Medicina, para a cura de certas doenças; nem de novas formas de tratamento; mas quando o Senhor voltar. Seu reino não veio nem virá, até que o Pai O mande de volta à Terra, a fim de tomar posse da herança que Ele conquistou com o Seu sangue precioso. O trono da Terra inteira Lhe pertence e quando Ele o assumir, no próprio tempo de Deus, todas as coisas entrarão em ordem. Quando Ele se assentar no trono de Sua glória, todas as nações da Terra vão aderir ao Seu reino e todo joelho vai se dobrar diante Dele. Então, a maldição do pecado, da doença e da dor se esvairá e toda a criação, que agora geme e suporta angústia, vai compartilhar as bênçãos do Seu reino. E as nações convertidas da Terra se reunirão com o Israel convertido, para louvar e glorificar o Rei dos reis e Senhor dos senhores. O Salmo 103:1-4 diz: Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios. Ele é o que perdoa todas as tuas iniqüidades, que sara todas as tuas enfermidades, que redime a tua vida da perdição; que te coroa de benignidade e de misericórdia. ..”

Que esse abençoado dia de glória chegue depressa.

Ora, vem, Senhor Jesus!

 

Trabalho publicado no Biblical Discernment Ministries, sob o título “The Healing Question”, by

Arno Clemens Gaebelein,

Editor da “Our Hope”, USA.

Traduzido por Mary Schultze, em 22/09/2008.
www.cpr.org.br/Mary.htm
 



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