Pentecostais Anti-pentecostalismo?


 

Pentecostais, principalmente os assembleianos, criticando na TV, na rádio, em artigos ou mesmo nos púlpitos, bizarrices como os famigerados "cair no espírito" e "unção do riso", dizendo que estas "manifestações" são coisas de neopentecostais, é ridículo e até cômico. Não vou aqui me ater às refutações bíblicas destes fenômenos demoníacos, pois quero apenas mostrar a insensatez que é um pentecostal criticar tudo isto.

Alguns querem dividir o movimento pentecostal no Brasil em três ondas. Estas divisões em "ondas" são usadas por alguns para separar, como dizem eles, o "joio" do "trigo", mas na verdade são todos farinha do mesmo saco.

1ª onda - Pentecostalismo Clássico: O Pentecostalismo chegou ao Brasil em 1910, com a vinda de Louis Francescon, que atuou em colônias italianas no Sul e Sudeste do Brasil (originando a "congregação cristã no brasil" em Santo Antônio da Platina - Paraná). Em 1911 Daniel Berg e Gunnar Vingrenque atuaram no Pará e Nordeste (dando origem a "assembleia de deus"). Ambos disseram ter recebido uma "revelação" para irem até o Brasil e fundar uma nova "igreja", detalhe comum em todas as seitas, como as testemunhas de jeová e os mórmons, por exemplo. Estas denominações são as mães dos pentecostais. Fato interessante é que uma acusa a outra de ser uma seita, porém ambas possuem uma doutrina herética bem parecida, diferindo mais nos usos e costumes pois tiveram a mesma origem e matriz pentecostal ao receberem as "novas doutrinas" na "missão de fé apostólica" conduzida por William H. Durham (dissidente de Charles Fox Parham por questões étnicas). A divisão [palavra normal no meio pentecostal] entre Franscescon e Berg se deu devido ao costume dos elementos da "santa ceia", pois o primeiro queria celebra-la com vinho puro (fermentado) e o outro não. A ênfase é emlínguas, curas, usos e costumes e "manifestações" do "espírito".

2ª onda - Dêuteropentecostalismo: A segunda onda pentecostal ocorre nos anos 50 e início de 60, com aquilo que é normal no pentecostalismo:divisões. Três grandes igrejas (em meio a dezenas de menores) surgem ao se separarem das duas principais: "igreja do evangelho quadrangular", fundada por Aimee Semple McPherson (também pupila de William H. Durham) e trazida para o Brasil por Harold Williams (1953); o "brasil para cristo", fundada por Manoel de Melo (1955); e "deus é amor", fundada por Davi Miranda (1962). O início se deu em São Paulo. A ênfase é em curas e no radicalismo, proibindo televisão, rádio, uso de certas roupas e comidas, e as famigeradas "manifestações" do "espírito".

3ª onda - Neopentecostalismo: A terceira onda começa no final dos anos 70 e ganha força nos anos 80 e é também uma grande divisão [agora entre as igrejas da "2ª onda". Seus principais representantes são a "igreja universal do reino de deus" (1977) e a "igreja internacional da graça de deus" (1980). O início se deu no Rio de Janeiro. São liberais nas vestimentas e comidas. Podem e devem assistir TV e ouvir rádio, pois estas seitas se propagam através destes meios de comunicação. A ênfase são as curas, prosperidades, misticismos, sincretismos e "manifestações" do "espírito".

Tem aqueles que defendem [inclusive entre os "batistas"] que os pentecostais [1ª e até a 2ª onda] são salvos, e assim, nossos irmãos e que o problema está na "3ª onda" [neopentecostalismo], onde começaram a aparecer [segundo os defensores desta teoria] as bizarrices como "unção do riso", "cair no poder", "unção do garimpo", entre outras manifestações demoníacas. Porém, as doutrinas heréticas e as tais manifestações bizarras são iguais nas três ondas, e estas ocorrem desde o início do movimento.

Vejamos:

a) Frank Bartleman (autor do livro "A História do Avivamento Azusa") é testemunha ocular dos primeiros dias do avivamento pentecostal - que teve oracista [membro da Ku Klux Klan] Charles Fox Parham e posteriormente W. J. Seymour como líderes e fundadores da "assemblies of god" (Parham pregava a sua doutrina herética para auditórios de pessoas brancas e colocava Seymour para pregar para auditórios de pessoas negras) -, relata em seu livro algumas passagens interessantes que todo penteca deveria ler antes de sair falando o que não conhece [além de analfabetos bíblicos, desconhecem a sua própria origem histórica] e criticando práticas que dizem pertencer ao grupo da "3ª onda" - os neopentecostais - mas que sempre foram comuns entre eles desde a sua origem.

b) Uma reportagem da época fornece um retrato fidedigno de como eram os primeiros cultos pentecostais na Rua Azusa em 1906, leiamos: "(…) eles clamavam e faziam grande barulho o dia inteiro e à noite adentro. Corriam, pulava, tremiam todo o corpo, e gritavam com toda a sua voz, faziam rodas, tombavam sobre o assoalho coberto de serragem, sacudindo-se, esperneando e rolando no chão (…) Eles afirmam estar cheios do Espírito. Ele têm um caolho, analfabeto e negro como seu pregador que fica de joelho a maior parte do tempo (…) Não fala muito, mas às vezes, pode ser ouvido gritando 'Arrependei-vos!'. Então, permanece na mesma atitude de oração (…) Eles cantam repetidamente a mesma canção, "O Consolador Chegou"." (Azusa History". International Center for Spiritual Renewal. Retrieved on 2007-05-17).

c) Uma outra testemunha ocular, Emma Cotton, narrou: "eles clamaram durante três dias e três noites. As pessoas vinham de todas as partes. Perto da manhã seguinte, não havia como entrar na casa. Conta-se que algumas pessoas que conseguiam entrar em casa 'caiam sob o poder de deus' sem que houvesse alguém que as sugestionasse a isso, e toda a cidade ficou agitada. Clamaram ali até o chão da casa ceder, mas ninguém ficou ferido. Durante aqueles três dias, muitas pessoas que tinham vindo só para ver o que estava a acontecer receberam o 'batismo no espírito santo'". (Synan, Vinson (2001), The Century of the Holy Spirit: 100 years of Pentecostal and Charismatic Renewal, 1901-2001, Thomas Nelson Publishers, pp. 42-45, ISBN 0-7852-4550-2).

d) Uma testemunha das reuniões na Rua Bonnie Brae disse: "Eles gritaram durante três dias e três noites. Era Páscoa. As pessoas vieram de todos os lugares. No dia seguinte foi impossível chegar perto da casa. Quando as pessoas entraram, elas "caíram debaixo do poder de Deus"; e a cidade inteira foi tocada. Eles gritaram lá até as fundações da casa cederam, mas ninguém foi ferido". (Fire on the Earth por Eddie Hyatt).

Vejam só quantas bizarrices aconteciam em Azusa! E hoje os pentecostais querem chamar tudo isto de neopentecostalismo. Isso é uma falta de memória histórica e um contra-senso incrível.

e) No livro "Diário do Pioneiro Gunnar Vingren" o mesmo relata diversas bizarrices praticada por ele e sua igreja ("Assembleia de Deus"), e que hoje querem dizer que são coisas de neopentecostais. Leiamos:

Página 26: "O Espírito Santo veio de maneira poderosa, como pressão... Caímos no chão...clamávamos com voz elevada...";
Página 27: "Um irmão foi arrebatado em espírito";
Página 63: "Riam debaixo do poder";
Página 67: "Na casa da irmã Celina, começamos todos a rir";
Página 72: " 1915, duas meninas tomadas pelo Poder de Deus riam tanto que tive medo delas não aguentarem";
Página 73 "eu ri tanto debaixo do poder de Senhor, que quase perdi as forças...";
Página 75: "Enquanto eu estava orando...um homem foi levantado bem alto do chão...";
Página 77: "...o Poder de Deus veio sobre Vingren tão poderosamente que ele teve que se sentar um pouco para rir, e depois continuar a pregação";
Página 78: "O poder de Deus veio sobre mim... Eu nem podia me levantar...";
Página 79: "eu tive de rir sob o Poder de Deus e depois chorar muito...";
Página 80: "cantamos no Espírito...";
Página 84: " A unção de Deus caiu tão forte que muitos irmãos ficaram tremendo debaixo do poder de Deus";
Página 86: "eu tive que me deitar no chão...";
Página 88: "Saltei e pulei sob o Poder de Deus...";
Página 95: "Tive de deitar um pouco no sofá, pois o Poder de Deus estava muito forte sobre mim";
Página 95: "vários irmãos foram lançados no chão pelo Poder de Deus";
Página 131 "Uma moça não crente, sentiu o Poder de Deus, caiu de costas no chão clamando perdão a Deus, Jesus a Batizou com o Espírito Santo e ela falou e cantou em línguas";
Página 199 "Uma irmã começou a falar em novas línguas enquanto outros louvavam e riam muito debaixo do poder de Deus".

Nestes relatos vemos que as bizarrices tidas como práticas exclusivas dos neopentecostais ("unção do riso", "cair no poder (fanerose)", "tremer", "flutuar", "sapatinho de fogo", "gemer", "cantar e falar em línguas estranhas", "louvor extravagante", etc.) estão presentes desde o começo no movimento pentecostal.

O pentecostalismo é uma seita perigosa que tem envergonhado e escarnecido o Evangelho através de suas bizarrices e escândalos públicos. Omovimento pentecostal é a apostasia prevista na Bíblia para o final dos tempos, pregando um outro evangelho [mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema - Paulo aos Gálatas 1.8]. Os sinais e prodígios apregoados por eles são a preparação do mundo para a vinda e a aceitação do anti-cristo, conforme nos foi ensinado pelo próprio Senhor Jesus Cristo [porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos - Mt 24.24] e pelo apóstolo Paulo [mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios - I Tm 4.1].

Estou cansado de "pastores" ludibriadores e oportunistas, de sensacionalismo, de "pai de santo gospel", de "unções" do tipo "dentes de ouro", "unção da bicharada" "unção do riso", de "paletos voadores", de "galinhas falando em línguas", de "pastores de lentes e chapinha", de "apóstolos mijões", de "pregadores do aborto", de "deterministas", de "rosas vermelhas", de "óleo ungido", de "orações no monte", de "fogueira santa", de "lenço com suor", de "g12", de "caçadores de deus", de "bispas" e "pastoras", de "maldições hereditárias", de "marchas para jesus", e de todas as demais sandices pentecostais.

Não importa qual a "onda" que façam parte, os pentecostais são todos farinha do mesmo saco.

J. D. Berean (compilado)

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