A Doutrina Da Iminência [do Arrebatamento] [de Cada Salvo, Individualmente] [Aquele que Crê em Cada Palavra da Bíblia, Portanto no Cristo]



Compilação enviada por Israel Reis, 2017.




A doutrina da iminência. Muitos sinais foram dados à nação de Israel, os quais precederiam a segunda vinda, a fim de que a nação vivesse em expectativa quando Sua volta se aproximasse. Apesar de Israel não saber o dia nem a hora em que o Senhor voltaria, saberia que sua redenção se aproximava pelo cumprimento desses sinais. Tais sinais nunca foram dados à igreja. A igreja tem a ordem de viver à luz da vinda iminente do Senhor para transladá-la à Sua presença (Jo 14.2,3; At 1.11;
1Co 15.51,52; Fp 3.20; Cl 3.4; l Ts 1.10; lTm 6.14; Tg 5.8; 2Pe 3.3,4). Passagens como 1 Tessalonicenses 5.6, Tito 2.13 e Apocalipse 3.3 alertam o crente a aguardar o próprio Senhor, não aguardar sinais que antecederiam Seu retorno. E verdade que os acontecimentos da septuagésima semana lançarão um prenúncio antes do arrebatamento, mas a atenção do crente deve ser sempre dirigida para Cristo, nunca aos presságios. Essa doutrina de iminência, ou "da volta a qualquer momento", não é uma doutrina nova surgida com Darby, como muitas vezes se afirma, embora ele a tenha esclarecido, sistematizado e popularizado. A crença na iminência marcou o pré-milenarismo dos primeiros pais da igreja bem como dos escritores do Novo Testamento. Em relação a isso, Thiessen escreve: ... eles sustentavam não apenas a visão pré-milenarista da vinda de Cristo, mas também consideraram a vinda iminente. O Senhor os tinha ensinado a aguardar Seu retorno a qualquer momento e, depois, eles achavam que Ele viria nos seus dias. Não apenas isso, mas também achavam Seu retorno pessoal iminente. Apenas os alexandrinos se opunham a essa verdade; mas esses Pais também rejeitaram outras doutrinas fundamentais. Podemos dizer, então, que a igreja primitiva vivia em expectativa constante do Senhor e, conseqüentemente, não estava interessada na possibilidade de um período de tribulação no futuro. (THIESSEN, op. cit., p. 15.) Embora a escatologia da igreja primitiva não seja clara em todos os seus aspectos, pois não era objeto de sério exame, é clara a evidência de que eles acreditavam no retorno iminente de Cristo. A mesma iminência é vista nos escritos dos reformadores, embora tivessem opiniões diferentes sobre as questões escatológicas. Chafer cita alguns reformadores para mostrar que acreditavam no retorno iminente de Cristo.
 
... Lutero escreveu: «Acredito que todos os sinais que precedem os últimos dias já apareceram. Não pensemos que a vinda de Cristo está longe; olhemos para cima com nossa cabeça erguida; esperemos a vinda de nosso Redentor com mente desejosa e alegre" [...] Calvino também declara [...] "As Escrituras uniformemente nos ordenam a olhar com expectativa para o advento de Cristo».
 
A isso podemos acrescentar o testemunho de John Knox: «O Senhor Jesus voltará, e com presteza. E Seu propósito não é outro senão reformar a face de toda a terra, o que nunca foi e nunca será feito, até que o justo Rei e Juiz apareça para restaurar todas as coisas». De igual modo, as palavras de Latimer: «Todos aqueles homens excelentes e letrados a quem, sem dúvida, Deus enviou ao mundo nestes últimos dias para dar um aviso ao mundo, extraem das Escrituras que os últimos dias não podem estar longe. É possível que aconteça nos meus dias, velho como estou, ou nos dias dos meus filhos»... (CHAFER, op. cit., IV, p. 278-9).
 
A doutrina da iminência impede a participação da igreja em qualquer parte da septuagésima semana. A multidão de sinais dados a Israel para movê-lo à expectativa também seriam para a igreja, e a igreja não poderia estar esperando Cristo até que esses sinais fossem cumpridos. O fato é que nenhum sinal é dado à igreja; em vez disso, ela tem a ordem de aguardar a Cristo, o que impossibilita sua participação na septuagésima semana.
 
A obra do Detentor em 2 Tessalonicenses 2. Os cristãos em Tessalônica temiam que o arrebatamento já tivesse acontecido e eles estivessem no dia do Senhor. As perseguições pelas quais estavam passando, referidas no primeiro capítulo, tinham-lhes dado base para essa consideração errônea. Paulo escreve que tal coisa era impossível. Primeiro, ele mostra no v. 3 que o dia do Senhor não aconteceria até que houvesse uma partida. Não importa se essa partida seria um afastamento da fé ou uma partida dos santos da terra, como já mencionado no v. 1. Segundo, ele revela que haveria a manifestação do homem de pecado, ou o iníquo, descrito com mais detalhes em Apocalipse 13. O argumento de Paulo no v. 7 é que, apesar de o mistério de iniqüidade já estar em vigor em seus dias, quer dizer, o sistema sem lei que culminaria na pessoa do iníquo já estava manifesto, este iníquo, no entanto, não se manifestaria até que o Detentor fosse afastado. Em outras palavras,
Alguém impede o propósito de Satanás de culminar e Ele continuará a realizar seu ministério até ser afastado (v. 7,8). Explicações a respeito da pessoa do Detentor como governo humano, lei, igreja visível não são suficientes, pois esses todos continuarão em certa medida após a manifestação do iníquo. Embora esse seja um problema essencialmente exegético, parece que o Único que conseguiria exercer tal ministério de detenção seria o Espírito Santo. Esse problema será examinado em detalhes posteriormente. Contudo, a indicação aqui é que, enquantoo Espírito Santo estiver habitando na igreja, que é o Seu templo, esse trabalho de detenção continuará e o homem de pecado não poderá ser revelado. Apenas quando a igreja, o templo, for retirada, o ministério de detenção cessará e a iniqüidade produzirá o iníquo. Devemos notar que o Espírito Santo não cessará seu ministério após a retirada da igreja, nem deixará de ser onipresente com esse afastamento, mas Seu ministério restringidor cessará. Dessa maneira, o ministério do Detentor, que continuará enquanto Seu templo estiver na terra e que precisa cessar antes que o iníquo seja revelado, requer o arrebatamento pré-tribulacionalista da igreja, pois Daniel 9.27 revela que esse iníquo será manifesto no começo da
septuagésima semana.
 

Por que a doutrina da iminência é significativa para o Arrebatamento?

O ensino neo-testamentário de que Cristo poderia voltar a qualquer momento e arrebatar a Sua Igreja sem sinais ou advertências prévios (i.e. iminência) é um argumento tão poderoso em favor do pré-tribulacionismo que se tornou uma das doutrinas mais ferozmente atacadas pelos oponentes da posição pré-tribulacionista. Eles percebem que, se o Novo Testamento de fato ensinar a iminência, um arrebatamento pré-tribulacional estará praticamente assegurado.

Definição de Iminência

Qual é a definição bíblica de iminência?

Dr. Renald Showers define e descreve iminência da seguinte maneira:

1) Um acontecimento iminente é aquele que está sempre "pairando acima de alguém, constantemente prestes a vir sobre ou a alcançar alguém; próximo quanto à sua ocorrência"(The Oxford English Dictionary, 1901, V. 66). Assim, a iminência traz consigo o sentido de que algo pode acontecer a qualquer momento. Outras coisas podem acontecer antes do evento iminente, mas nada precisa acontecer antes que ele aconteça. Se alguma coisa precisa acontecer antes de determinado evento ocorrer, tal evento não é iminente. Em outras palavras, a necessidade de que algo ocorra antes destrói o conceito de iminência.

2) Uma vez que é impossível saber exatamente quando ocorrerá um evento iminente, não se pode contar com a passagem de determinado período de tempo antes que tal evento iminente ocorra. À luz disso, é preciso estar sempre preparado para que ele aconteça a qualquer momento.

3) Não se pode legitimamente estabelecer direta ou implicitamente uma data para sua ocorrência. Assim que alguém marca uma data para um evento iminente, destrói o conceito de iminência, porque ao fazer isso afirma que um determinado intervalo de tempo deve transcorrer antes que tal evento ocorra. Uma data específica para um evento é contrária ao conceito de que tal evento possa ocorrer a qualquer momento.

4) É impossível dizer legitimamente que um evento iminente vai acontecer em breve. A expressão "em breve" implica que tal evento precisa ocorrer "dentro de um tempo pequeno (depois de um ponto específico designado ou implícito)". Em termos de contraste, um evento iminente pode ocorrer dentro de um pequeno intervalo de tempo, mas não precisa fazê-lo para ser iminente. Espero que você perceba, agora, que "iminente" não é igual a "em breve".

. O fato de que Jesus Cristo pode voltar a qualquer momento, mesmo que não necessariamente em breve, e sem a necessidade de qualquer sinal anterior à Sua vinda, requer o tipo de iminência ensinado pela posição pré-tribulacionista e é um forte apoio ao pré-tribulacionismo.

Que passagens do Novo Testamento ensinam essa verdade? Os versículos que afirmam a volta de Cristo a qualquer momento, sem aviso prévio, e aqueles que instruem os crentes a esperar e aguardar a vinda do Senhor ensinam a doutrina da iminência.

Observem-se as seguintes passagens do Novo Testamento:

1 Coríntios 1.7 – «... esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo» (ACF)

1 Coríntios 16.22 – "Maranata!"

Filipenses 3.20 – «Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo»

Filipenses 4.5 – "Perto está o Senhor".

1 Tessalonicenses 1.10 – «0 E esperar dos céus a seu Filho,...».

 

1 Tessalonicenses 4.15-18 – «Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras» (ACF)

 

1 Tessalonicenses 5.6  «Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios» (ACF)

 

1 Timóteo 6.14 «Que guardes este mandamento sem mácula e repreensão, até à aparição de nosso Senhor Jesus Cristo« (ACF)

 

Tito 2.13 «Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo»

 

Hebreus 9.28 «Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação» (ACF)

 

Tiago 5.7-9 «Sede pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor... porque já a vinda do Senhor está próxima....Eis que o juiz está à porta» (ACF)

 

1 Pedro 1.13 «Portanto.... sede sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo» (ACF)

 

Judas 21 « Conservai-vos a vós mesmos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna» (ACF)

 

Apocalipse 3.11; 22.7,12,20 «Eis que venho sem demora», «Eis que presto venho», «E, eis que cedo venho», «Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus» (ACF)

 

Apocalipse 22.17,20 «E o Espírito e a esposa dizem: Vem! E quem ouve, diga: Vem» (ACF)

«Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus» (ACF)

Se Considerarmos as passagens mencionadas acima, observamos que Cristo pode voltar a qualquer momento, que o Arrebatamento é de fato iminente. Somente pré-tribulacionismo pode dar um sentido pleno, literal, a tal acontecimento iminente. Outras posições sobre o Arrebatamento precisam redefinir iminência de maneira mais elástica do que indica o Novo Testamento. Dr. John Walvoord declara: «A exortação a que aguardemos a manifestação da glória de Cristo para os Seus" (Tito 2.13) perde seu significado se a Tribulação tiver que ocorrer antes. Fosse esse o caso, os crentes deveriam observar os sinais. Se a posição pré-tribulacionista sobre aiminência não for aceita, então haverá sentido em procurar identificar os eventos relacionados à Tribulação (i.e., o Anticristo, as duas testemunhas, etc.) e não em esperar o próprio Cristo. O Novo Testamento, todavia, como demonstrado acima, uniformemente instrui a Igreja a olhar para a volta de Cristo, ao passo que os santos da Tribulação são exortados a observar os sinais.

A exortação neo-testamentária a que nos consolemos mutuamente pela volta de Cristo (João 14.1; 1 Tessalonicenses 4.18) não mais teria sentido se os crentes tivessem, primeiro, que passar por qualquer porção da Tribulação. Em vez disso, o consolo teria que esperar a passagem pelos eventos da Tribulação. Não! A Igreja recebeu uma "bendita esperança", em parte porque a volta do Senhor é, de fato, iminente.

A Igreja primitiva tinha uma saudação especial que os crentes só usavam entre si, conforme registrado em 1 Coríntios 16.22: a palavra "Maranata!" Esta palavra é constituída de três termos aramaicos: Mar ("Senhor"), ana ("nosso"), e tha ("vem"), significando, assim, "Vem, nosso Senhor!" Como outras passagens do Novo Testamento, "Maranata" só faz sentido se uma vinda iminente, ou seja, a qualquer momento, for pressuposta. Isso também serve de apoio à posição pré-tribulacionista.

Não foi à toa que os antigos cristãos cunharam essa saudação peculiar que reflete uma ansiosa expectativa pelo cumprimento dessa bendita esperança como uma presença real em suas vidas cotidianas. A vida da Igreja em nossos dias só teria a melhorar se "Maranata" voltasse a ser uma saudação sincera nos lábios de crentes que vivem com esta expectativa. Maranata! (Thomas Ice eTimothy Demy)

 

 Fonte: Todos textos bíblicos foram passados para os da ACF, da SBTB

Manual de Escatologia – J. Dwight Petencost – Ed. vida – pag. 226-228)

 






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