No Capítulo 3 "Os 3 Sentidos de Igreja" (principalmente na Seção
b "57 ocorrências de 'ekklesia' com o sentido de UMA igreja local, específica, visível, atual, independente das outras igrejas, e reunindo-se num local específico sobre a terra",
e na Seção c "36 ocorrências de 'ekklesia' no PLURAL"), ver cada uma das
24 referências às igrejas
locais existentes no livro de Atos (mesmo
sendo este um livro de transição, havendo muita coisa nele que se refere
somente ao período em que os apóstolos aqui estavam e podiam ordenar a todas as igrejas e crentes, sendo usados por Deus para escrever a sua Palavra).
Por exemplo {o que está entre chaves é nosso comentário, não é a Palavra de
Deus!}:
Assim, pois, as igrejaS
{locais} em toda a Judéia, e Galiléia e Samaria tinham paz, e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e consolação do Espírito Santo.
(At 9:31)
E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejaS
{locais}. (At 15:41)
De sorte que as igrejaS
{locais} eram confirmadas na fé, e cada dia cresciam em número.
(At 16:5)
Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja
{local, de Éfeso} de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.
(At 20:28)
No mesmo Capítulo 3 deste livro eletrônico, veja cada uma das 70 referências às igrejas locais
existentes nas epístolas do
Novo Testamento, particularmente notando cada uma das saudações, recomendações e despedidas.
Por exemplo:
À igreja {local, de Corinto} de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso: (1 Coríntios 1:2)
Por esta causa vos mandei Timóteo, que é meu filho amado, e fiel no Senhor, o qual vos lembrará os meus caminhos em Cristo, como por toda a parte ensino em cada
igreja {local, de cada local onde Paulo plantou uma igreja}. (1Co 4:17)
No mesmo Capítulo 3 deste livro eletrônico, veja cada uma das 19 referências às igrejas locais
existentes no livro de Apocalipse, particularmente notando, nas 7 cartas aos "O anjo" (homem
mensageiro de Deus, o presbítero- pastor- supervisor de uma igreja local) em
Apocalipse 2, 3, que cada uma das 7 igrejas é
endereçada e tratada individualmente, e não como uma coletividade. Por exemplo:
Escreve ao anjo da igreja {local, em Éfeso} que está em Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro:
(Ap 2:1)
Conclusão: Nenhuma vez, em todo
o Novo Testamento, uma igreja decidiu formar, ou fechou, suspendeu, puniu, reconheceu, autorizou,
encampou, emancipou, possuiu, governou, juntou-se em associação/ convenção/
denominação/ seminário/ missão/ imprensa/ campanha, nem mesmo ajudou nisto tudo,
nem teve a menor sombra de qualquer tipo de interferência sobre nenhuma
outra igreja local (não há sequer a diferença entre "igreja real" e
"pequena congregação", que tantos fazem hoje. Por menor que fosse,
cada grupo de crentes com uma certa organização muito, muito simples, já era
uma igreja local, independente, autogovernante, soberana). Nenhuma vez um grupo de igrejas foi
tratado coletivamente, como um todo. A conclusão inescapável é que cada
igreja local é rigorosa, plena e exclusivamente governada local, soberana e
independentemente.
Através dos séculos, os homens têm adotado várias formas de governo não independentes nem locais nem congregacionais, para as suas igrejas, e essas formas de governo são variações ou mesmo combinações, em vários graus, dos seguintes tipos principais, esboçados em largas pinceladas:
1 - GOVERNO EPISCOPAL (= pelos bispos) ou NACIONAL ou ESTATAL, como o dos Anglicanos (que se chamam Episcopais, fora da Inglaterra), e o dos Luteranos da Escandinávia:
Há hierarquia, cadeia de comando: o "colegiado dos bispos" fica acima de cada "bispo individual" que fica acima dos "sacerdotes" que ficam acima dos "diáconos" que ficam acima dos leigos que valem praticamente nada. Só os bispos ordenam e controlam os sacerdotes e os diáconos, consagram novos bispos, controlam tudo e todos abaixo deles.
Se ainda for legal e ainda for possível:
(a) o sustento e as nomeações serão pelo Estado;
(b) ou todas as ofertas irão para a denominação nacional administrá-las centralizadoramente;
(c) o rei da nação será também o cabeça supremo da denominação;
(d) esta será a única religião legal, a "religião oficial", todas as demais sendo apenas toleradas a contragosto (na prática, poderão ser perseguidas).
Esta forma de governo alega sustentação em passagens que falam da autoridade dos apóstolos ou seus delegados (At 14:23; 20:17,28; Tt 1:5). Mas respondemos que apóstolos e seus delegados diretamente escolhidos não mais existem, o Novo Testamento não concede que tenham sucessores, e os seus ensinos e exemplos (bem como a História) condenam, condenam frontalmente esta forma tirânica e despótica de governo. "... para que estabelecesses presbíteros ..." (Tt 1:5) não significa que Tito arbitrariamente impôs nomes: em harmonia com At 14:23, etc., a designação por Tito tem que ter sido em harmônica identificação com a escolha feita através do erguer de mãos por toda a igreja local. Ver abaixo.
O GOVERNO PAPISTA é similar, mas é mundial e tem uma classe suprema, composta por 1 só homem: o bispo de Roma é o "Papa" sobre todos (cardeais, arcebispos, bispos, monsieur/cúria/pároco, padres, cônegos, diáconos, etc., e os leigos em geral, que valem praticamente nada), tem direitos de exclusividade como o único sucessor dos apóstolos em cadeia de sucessão ininterrupta, representa Deus, é infalível! Se ainda for possível, nomeia e domina com mão de ferro sobre imperadores, reis, tudo e todos! E mata quem a ele não se submeter.
2 - GOVERNO PRESBITERIANO, ou FEDERATIVO, como o das denominações presbiterianos:
Há 4 cortes ou instâncias, vejamo-las em sucessão ascendente:
- Sessão, composta somente pelos presbíteros (que são eleitos pela igreja local, geralmente vitaliciamente, quer sejam eles o pastor- supervisor, os eventuais pastores- auxiliares, os presbíteros autorizados a pregar e ensinar, ou os presbíteros que meramente podem ajudar a governar) da igreja local, excluindo seus diáconos e demais membros;
- Presbitério, composto de 1 pastor (devidamente ordenado) juntamente com 1 presbítero de cada igreja local do distrito (usualmente uma micro-região de um grande estado) coberta pelo presbitério; note que os pastores são eleitos por e para as suas igrejas locais, mas na condição de serem aprovados pelo presbitério ...
- Sínodo (geralmente vários estados, uma região do país),
- Assembléia Geral Nacional.
Esta forma de governo alega sustentação no Concílio de Jerusalém, At 15:6 ("Congregaram-se, pois, os apóstolos e os PRESBÍTEROS para considerar este assunto.") e na ordenação de Timóteo, 1Tm 4:14 ("Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do PRESBITÉRIO.")
Mas respondemos:
A. Estes casos restringiram-se aos apóstolos e seus delegados diretos. Como ambos não mais existem, e o Novo Testamento não concede que tenham sucessores, e seus ensinos e exemplos não sustentam esta forma de governo, então o argumento perdeu toda a sua força.
B. Quanto à História (Nunca gostamos de recorrer a ela, pois quase sempre não decide nada definitivamente, pasmamos em que cada parte de cada diferença doutrinária sempre os grupos antagônicos parecem encontrar ou inventar testemunhos históricos, mesmo usando os degenerados pais da degenerada igreja romana. Pratiquemos "Sola Scriptura"): a História de modo algum prova incontestavelmente o argumento presbiteriano. Muito pelo contrário: se chegaram a não ser maioria, sempre houve grupos locais de crentes com governo local e congregacional, mesmo que foram terrivelmente caluniados e perseguidos pelos romanistas, etc.
C. Mesmo no primeiro texto alegado (At 15:6): basta descermos um pouco, ao verso 22, para vermos que a inteira igreja local, reunida em assembléia, participou das decisões: ("Então pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, com TODA A IGREJA, ELEGER homens dentre eles e enviá-los com Paulo e Barnabé a Antioquia, a saber: Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens distintos entre os irmãos." Atos 15:22). Na verdade, alegar At 15 é um tiro pela culatra para o presbiterianismo, o episcopalismo, e o papismo.
D. Quanto ao segundo texto alegado (1Tm 4:14): só é dito que foram os anciãos da igreja que impuseram as mãos sobre Timóteo, não é dito que a inteira igreja não participou do reconhecimento/ escolha do mesmo; ademais, o número de crentes era demasiadamente grande para todos os crentes poderem, ao mesmo tempo, impor as mãos sobre (bem acima de, ou tocando) a cabeça de Timóteo, portanto tinha mesmo que um grupo menor simbolicamente representar toda a igreja local, nisto.
E. Ademais, ver abaixo as provas do governo por toda a igreja local reunida em assembléia.
3 - GOVERNO PELA COLETIVIDADE DOS PRESBÍTEROS, TODOS EM MESMO NÍVEL (muitos presbíteros, nenhum deles tendo o cargo de pastor- principal), todos muito bem treinados, possivelmente todos eles remunerados, e que decidem soberanamente sobre tudo e todos abaixo deles, tendo seus cargos vitalícios:
Quanto ao governo não ser pela inteira congregação, damos a mesma resposta acima.
Quanto à não existência de um presbítero- pastor- principal, começamos a nossa resposta por primeiro concordar que é inegável que cada igreja local do Novo Testamento podia ter mais de um presbítero- pastor. Mas (mesmo que eu reconheçamos que a Bíblia não é totalmente clara numa direção ou na outra, por isso que este não pode ser um ponto indispensável para comunhão) nos inclinamos a ver mais peso nos argumentos favorecendo que, mesmo havendo vários presbíteros- pastores para uma só igreja local, um deles deve ser o principal e os outros devem ser seus cooperadores. Note que não advogamos pastor ditador, nem advogamos estritamente 1 só pastor por igreja, mas advogamos, sim, 1 presbítero- pastor- principal com a ajuda de vários presbíteros- pastores- cooperadores (se é que o tamanho da igreja possibilita e aconselha haverem esses auxiliares), todos trabalhando em harmonia. Inclino-me mais para esta posição pelos seguintes motivos:
3.1) Cada uma das sete igrejas locais de Ap 2,3 teve O (singular) seu "aggelos" endereçado, e esta palavra "aggelos" (literalmente "mensageiro") é melhor vista como um UM dos presbíteros pregadores- mensageiros de Deus na igreja local, do que como um anjo, um ser angelical (na dispensação das igrejas, a Bíblia não dá a menor margem para pensarmos que cada igreja tem um ser angelical sobre ela [esta idéia tem dado margem a muito misticismo e até a adoração de anjos] e que é este anjo que prega, traz mensagens de Deus à igreja local.
Ap 2:1 ¶ Escreve aO anjo da igreja que está em Éfeso: ... 8 ¶ E aO anjo da igreja que está em Esmirna, escreve: ... 12 ¶ E aO anjo da igreja que está em Pérgamo escreve: ... 18 ¶ E aO anjo da igreja de Tiatira escreve: ...3:1 ¶ E aO anjo da igreja que está em Sardes escreve: ... 7 ¶ E aO anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: ... 14 ¶ E aO anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: ...
3.2) Enquanto 1Tm 3:8,13 fala dos pré-requisitos indispensáveis aoS diáconoS (plural) de uma igreja local, 1Tm 3:2 e Tt 1:7 fala dos pré-requisitos indispensáveis aO bispO (singular). Parece-nos que, mesmo que podiam haver vários bispos (no sentido que abrange todos os presbíteros- pastores de uma igreja local), um deles foi referido como O bispO (singular).
1 ¶ Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. 2 Convém, pois, que O BISPO seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; ... (1Tm 3:1-2)
3.3) A igreja local de Jerusalém chegou a cerca de 10.000 membros antes de 1 mês completado depois de Pentecostes, e a quase 50.000 membros depois de 1 ano, por isso teve muitos presbíteros- pastores (inicialmente os apóstolos) e presbíteros- diáconos (inicialmente os 7 de At 6). Mas a própria Bíblia parece indicar que primeiramente Pedro (At 2, etc.) depois Tiago (At 15, etc.) tiveram certo papel de diapasão coordenador entre todos os presbíteros- pastores.
3.4) Quanto à História, primeiramente os mais antigos escritores parecem corroborar que Pedro e Tiago realmente foram tais diapasões. Depois, se desprezarmos algumas cargas indevidamente dadas ao título "bispo" tentando diferenciá-lo dos demais pastores, os dois mais antigos livros escritos depois do Novo Testamento (I carta de Clemente de Roma à igreja de Corinto, escrita em torno do ano 97 dC; e as cartas de Ignácio, "bispo" de Antioquia, aos Efésios, Magnésios, Tralianos, Filadelfianos, etc., escritas em torno de 110 dC, enquanto estava encarcerado em Roma, na fila para ser martirizado), mostram Clemente tendo certo papel de diapasão coordenador entre todos os presbíteros- pastores na igreja de Roma, e mostram Ignácio advogando que o "bispo" fosse visto como "primus inter pares" (primeiro entre iguais), ou seja, meramente como um centro de unidade, como o acorde de uma harpa. (Até aqui tudo é tolerável, o problema começou com Ireneu, a partir de quem o "bispo" passou a ser visto como o depositório da verdade primitiva, e descambou de vez com Cipriano, a partir de quem o "bispo" começou a ser visto como viceregente de Cristo).
3.5) Quanto a analogias pré Pentecostes, não vemos "comissões" exercendo o papel de juízes, nem de profetas, nem de nada. Pelo menos antes de Pentecostes, Deus sempre usou UM homem para ser o líder de cada grupo (desde uma família, até um reino), mesmo de seus iguais. Nunca vimos Deus usar uma comissão para liderar, nem um livro da Bíblia ser escrito simultaneamente por uma comissão, nem o exército de Israel ser dirigido em batalha por uma comissão de generais, nem ... etc. Mesmo que haviam muitos sacerdotes, somente um era sumo-sacerdote; mesmo que o coro levítico tinha muitos músicos, devia haver somente um diretor marcando o tempo, regendo. Etc.
3.6) Frisamos que, uma vez que todas as decisões administrativas- materiais- financeiras da igreja são tomadas somente por toda ela reunida em assembléia, então, quando estamos falando da igreja ter 1 só pastor- principal e de serem os demais e eventuais pastores seus cooperadores, estamos falando apenas de decisões da esfera espiritual, sobre pregação e pregadores, oração, doutrina, etc. Estamos defendendo que tudo que acontece sobre o púlpito é de inteira e exclusiva responsabilidade do pastor- principal. É ele que, respondendo somente a Deus, escolhe o que irá pregar, sem precisar de prévia aprovação de uma comissão. É ele quem toma a iniciativa de sugerir a seus cooperadores: "Irmão X, domingo estarei pregando fora, que tal você trazer aquele excelente estudo que apresentou somente à mocidade, no retiro do ano passado? Irmão Y, que tal você também nos acompanhar nos cultos de evangelismo ao ar livre? Irmão Z, você não gostaria de fazer as visitas aos hospitais em meu lugar, esta semana?"
4 - GOVERNO "NENHUM GOVERNO", como de alguns grupos anárquicos:
Rejeita estatutos, regimento e artigos de fé (Seus defensores dizem "Basta a Bíblia" ou dizem "Sola Scriptura", mas há veneno por trás disso); rejeita rol de membros ("Membro e votante é quem está presente, enquanto o estiver"); rejeita pastor ("Todos crentes têm esta função, prepare-se! Nenhum tem o cargo"). Por pouco tempo, pode e tende a dar a aparência de funcionar bem, com grande ardor evangelístico e de estudo da Palavra, todos julgando serem pregadores e pastores.
Mas respondemos:
A. Somente por muito pouco tempo pode dar a aparência de funcionar bem: O sistema é utopia e, alegando seguir somente a Bíblia, lhe faz algumas das maiores violências de que já ouvimos falar.
B. Mesmo se houvesse silêncio do Novo Testamento quanto a haver certa organização em cada igreja local e a esta ter um (e um só) presbítero- pastor- supervisor, nada disso proibiria o bom senso e a direção do Espírito Santo:
- Todos os membros de uma igreja local têm que estar de acordo em como interpretam a Bíblia, em detalhes finos e explícitos, portanto cada igreja local precisa, tem que ter alguma forma de organização (escrita ou memorizada, explícita ou implícita, formal ou informal), que pode muito bem ser estruturada, explicitada e formalizada em estatutos, regimentos e declaração de fé;
- Havia alguma forma de se saber quem podia votar e quem era de uma turba infiltrada para perturbar, portanto podemos e temos que ter um rol de membros (Rol memorizado? ora, escrito é muito melhor, mais seguro e mais cômodo. Rol informal? ora, formal é muito melhor, mais seguro e mais cômodo.);
- É claramente do plano de Deus cada igreja local ter seu presbítero- pastor- supervisor (único por igreja) e, quando madura, ter também outros presbíteros (quer pastores auxiliares, quer diáconos): Ver Capítulos 10 ("Os Anciãos Ou Presbíteros"), 11 ("O Presbítero- Pastor, Ou Bispo") e 13 ("O Presbítero- Serviçal, Ou Diácono").
C. Mas o Novo Testamento não silencia, antes tem o que dizer sobre a necessidade de presbíteros- pastores e presbíteros- diáconos:
"22 Então pareceu bem aos apóstolos e aos PRESBÍTEROS, com toda a igreja, ELEGER homens dentre eles e enviá-los com Paulo e Barnabé a Antioquia, a saber: Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens distintos entre os irmãos. 23 E por intermédio deles escreveram o seguinte: Os apóstolos, e os PRESBÍTEROS e os IRMÃOS, aos irmãos dentre os gentios que estão em Antioquia, e Síria e Cilícia, saúde. ... 28 Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias" (At 15:22-23,28).
Ver também todas as saudações, recomendações e despedidas nas epístolas, quantas vezes elas se referem a presbíteros ou anciãos, a bispos ou pastores- supervisores, e a diáconos. Ver também as 7 cartas aos "O anjo" (homem mensageiro de Deus, o presbítero- pastor- supervisor de uma igreja local) em Apocalipse 2, 3 (Aliás, essas cartas são primordialmente aos supervisores de cada igreja, não às igrejas em si. A aplicação às igrejas é válida, mas secundária).
Veremos, agora, que o que o Novo Testamento ensina é governo congregacional, por
votação universal e igualitária. Esta é a forma de governo em que cada igreja local,
reunida em assembléia, independente e soberanamente: submerge, admite, disciplina seus membros, elege/ reelege-os para ofícios e cargos; envia-os, comissiona-os; enfim, decide todas as questões que deseje.
At 1:23,26 (mesmo que não saibamos exatamente o modo, sabemos que toda a igreja local participou da escolha de Matias);
6:3-6 (escolha dos
presbíteros- diáconos); 13:1-3 (a separação de Barnabé e Saulo, feita pela
igreja local de Antioquia, com o propósito de enviá-los com a missão de
pregarem o Evangelho; notemos que os apóstolos e a
igreja de Jerusalém não foram consultados pela igreja de Antioquia); 15:22-23, acima;
1Co 5:3-6 + 2Co 2:6-8 (disciplina e restauração do incestuoso); 1Co 16:3 e 2Co 8:19,23 (escolha dos acompanhantes de Paulo).
23 E
APRESENTARAM DOIS: José, chamado Barsabás, que tinha por sobrenome o Justo, e
Matias. ... 26 E, LANÇANDO-lhes
SORTES, CAIU A SORTE sobre Matias. E por VOTO COMUM foi contado com os onze
apóstolos. (At 1:23, 26)
{"sorte" é um pedaço de madeira ou pedra ou cerâmica, usado para votar ou para escolher ao acaso. Neste
verso 26, tivemos uma escolha por VOTAÇÃO, votação UNÂNIME, que também
parece ter sido ANÔNIMA}
... 3 ESCOLHEI,
pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito
Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.
4 Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra. 5 E este
parecer contentou a TODA a
multidão, e ELEGERAM Estêvão,
homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e
Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia; 6 E os APRESENTARAM
ante os apóstolos, e estes,
orando, lhes impuseram as mãos. (At 6:1-6)
1 ¶ E na igreja que estava em Antioquia havia alguns
profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio,
cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo. 2 E,
servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: APARTAI-ME a
Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. 3 Então, jejuando e
orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram. (At 13:1-3)
22 ¶ Então pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, com TODA
a IGREJA, ELEGER homens dentre eles e enviá-los com Paulo e Barnabé a
Antioquia, a saber: Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens distintos
entre os irmãos. 23 E por intermédio deles escreveram o seguinte: Os
apóstolos, e os anciãos e os irmãos, aos irmãos dentre os gentios que estão
em Antioquia, e Síria e Cilícia, saúde. (At 15:22-23)
3 Eu, na verdade, ainda que ausente no corpo, mas presente no
espírito, já determinei, como se estivesse presente, que o que tal ato
praticou, 4 Em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, JUNTOS VÓS e o meu
espírito, pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo, 5 Seja entregue a Satanás
para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no dia do Senhor
Jesus. (1Co 5:3-5)
6 Basta-lhe ao tal esta repreensão feita por muitos. 7 De
maneira que pelo contrário deveis antes perdoar-lhe e consolá-lo, para que o
tal não seja de modo algum devorado de demasiada tristeza. 8 Por isso vos rogo
que confirmeis para com ele o vosso amor. (2 Co 2:6-8)
E, quando tiver chegado, mandarei os que por cartas VÓS
APROVARDES, para levar a vossa dádiva a Jerusalém. (1Co 16:3)
E não só isto, mas foi também ESCOLHIDO pelas IGREJAS para
companheiro da nossa viagem, nesta graça que por nós é ministrada para
glória do mesmo Senhor, e prontidão do vosso ânimo; (2Co 8:19)
Quanto a Tito, é meu companheiro, e cooperador para convosco;
quanto a nossos irmãos, são embaixadores das igrejas e glória de Cristo.
(2Co 8:23)
Podem votar todos os membros ADULTOS da igreja LOCAL em foco, que não
estejam sob disciplina (Mas confessamos que não estamos
totalmente seguros que é a perfeita vontade de Deus que as mulheres votem na
igreja. Ver Capítulo 19, "O Lugar Da Mulher Na Igreja Local").
Cada voto tem igual valor.
Idealmente deve haver unanimidade, ver At 14:23:
E,
havendo-lhes, por COMUM CONSENTIMENTO, eleito anciãos em cada igreja,
orando com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido. (At 14:23)
Na prática, às vezes temos que nos contentar com uma quase unanimidade.
Repetimos, do Capítulo 10, "Os Anciãos Ou Presbíteros":
"Uma igreja local que é dirigida pelo Espírito de Deus, que é um só Espírito, necessariamente mostra união em tudo que a Bíblia diz, união em tudo, suas decisões são unânimes [bem, em assuntos em que a Bíblia não é totalmente explícita, talvez haja 2%, 3% dos votantes que não estão andando no mesmo passo da maioria].
"Se uma igreja local estiver andando de forma ideal no Espírito Santo, então todas as suas decisões em assembléia (mesmo por votação secreta) devem ser por unanimidade: afinal de contas, é o mesmo Espírito Santo que está guiando a todos! Mas, por causa das nossas fraquezas, sempre haverá uma pequena percentagem de crentes ainda não suficientemente maduros ou que estão agindo não em completa sintonia com Deus mas sim com algum reflexo carnal. Então, na prática usual, ainda pode ser considerado 'normal' se uma ou outra rara votação tenha, digamos, somente 95% dos votos pró uma posição, 2% pró a soma de algumas posições contrárias, 3% de abstenção.
"Toda votação deve ser seguida de total amor e união. Mesmo aqueles eventuais 3%, 5% dos membros que raramente não votaram a favor da decisão tomada, devem passar a apoiá-la de todo coração, para que a igreja seja um só coração pulsando por Deus. Se isto não for totalmente possível, pelo menos devem aceitá-la mansamente, sem murmurações, sem continuarem fazendo oposição.
"Seria bom que os Estatutos estabelecessem que só será considerado eleito, para qualquer cargo, quem obtiver pelo menos 75% dos votos dos membros votantes presentes. E que, se isso não for conseguido em primeiro escrutínio, a eleição daquele cargo deverá ser repetida logo após uma palavra de exortação e uma oração do presidente da assembléia. E, se mesmo neste 2o. escrutínio, não for conseguida aquela percentagem, então a eleição deverá ser adiada por no mínimo 1 semana, talvez 1 mês, para que, com todos intensa e sinceramente buscando a orientação do Espírito Santo através da leitura da Bíblia, da oração, e do jejum em secreto, se possa chegar próximo do consenso. Se mesmo assim ainda perdurar esta divisão, então esta igreja já não é uma igreja, deve com humildade pedir a Deus e seriamente esforçar-se por ter uma radical mudança na vida da igreja e na vida de cada um.
"Embora os Estatutos exijam somente 75% dos votos dos presentes para uma pessoa ser eleita,, é bonito quando o candidato, por livre e espontânea vontade, se impõe um percentual maior (um candidato a pastor auxiliar, que conhecemos no Canadá, se impôs 90%, só conseguiu cerca de 80% dos votos, 20% sendo-lhe contrários, e ele muito espiritualmente recusou o cargo e aconselhou a igreja a orar e procurar outro candidato que fosse consensual ou quase assim).
"Mais bonito ainda é quando a igreja sempre chega a percentuais de 100% ou de praticamente 100%, seja aceitando, seja recusando um nome, seja em todas as suas decisões."
A palavra democracia deve ser evitada: é humanista, exalta o homem; tira os holofotes de Deus e põe no homem; faz lembrar a
Grécia (tão vergonhosa), sindicatos, politicagem, e seus métodos...
Enfatizamos que o governo da igreja no Novo Testamento NÃO é uma democracia
(governo pelo povo, com todos seus perigos, mesmo que menores que em um governo
por uma tirania, ditadura, monarquia, parlamentarismo, etc.), mas sim uma teocracia,
governo através de uma congregação realmente dirigida e controlada pelo Espírito
Santo. Mesmo que atingir 100% de perfeição seja
impossível debaixo do céu, o alvo
é que todas as decisões sejam tomadas por TODA a congregação na
mais perfeita harmonia e unanimidade e decência e ordem e sabedoria e
prudência e poder do Espírito Santo, estando toda a congregação (e todo e
cada membro) tão perfeitamente dirigida e controlada pelo mesmo Espírito Santo de
Deus que todas as suas decisões sejam, na realidade, expressões da vontade do próprio Deus
(portanto, perfeitamente harmônicas com a Sua Palavra)
At 14:23 (tradução literal do Texto Tradicional):
"E, havendo-lhes eleito
(em votação por erguer de mãos) {*}
presbíteros
em cada igreja, orando com
jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido." {*
"eleger em votação pelo erguer de mãos" é uma palavra só, muito
específica, o verbo "5500 cheirotoneo"}
2Co
8:19 (tradução literal do TR): "E não só isto, mas foi também
eleito
(em votação por erguer de mãos){*} pelas igrejas para companheiro da
nossa viagem, nesta graça que por nós é ministrada
para glória do mesmo Senhor, e testemunho da
prontidão do vosso ânimo;" {*
"eleger em votação pelo erguer de mãos" é uma palavra só, muito
específica, o verbo "5500 cheirotoneo"}
Mas, talvez, as votações em eleições, em disciplinamentos e em outras questões com grande potencial de gerar ofensas
pessoais (mesmo que indevidas) devam ser feitas por escrutínio secreto?
23 E
APRESENTARAM DOIS: José, chamado Barsabás, que tinha por sobrenome o Justo, e
Matias. ... 26 E, LANÇANDO-lhes
SORTES, CAIU A SORTE sobre Matias. E por VOTO COMUM foi contado com os onze
apóstolos. (At 1:23, 26)
{"sorte" é um pedaço de madeira ou pedra ou cerâmica, usado para votar ou para escolher ao acaso. Neste
verso 26, tivemos uma escolha por VOTAÇÃO, votação UNÂNIME, que também
parece ter sido ANÔNIMA}
Leitor: ROGAMOS QUE NOS
ENVIE SUA ESPIRITUAL INSTRUÇÃO, BASEADA SÓ NO NT: Como conciliar os dois
tipos de votação no Novo Testamento? Quando deve ela ser aberta, por erguer das mãos?
Quando deve ela ser secreta, sem manifestação percebível?
O dirigente de uma processo de votação, durante semanas antes
dela, deve enfatizar que o que vamos querer não é a opinião de nenhum homem prevalecendo sobre a de outros, mas sim crentes cheios, totalmente controlados pelo Espírito Santo, reconhecendo unanimemente qual é a vontade de
DEUS, e assim a expressando. No momento da votação, deve enfatizar ainda mais
a mesma coisa: "Expresse não a sua vontade pessoal, mas qual é a vontade
de DEUS, revelada na Bíblia e através de suas orações e jejuns (secretos,
espontâneos e voluntários)". Se sentir que não há
este espírito, deve adiar a votação por algumas semanas ou mesmo alguns
poucos meses, para depois de mais oração e jejum.
(ver Capítulo 16, "Disciplina")
22 ¶ Então
PARECEU bem aos apóstolos e aos anciãos, com TODA
a IGREJA, eleger homens dentre eles e ENVIÁ-los com Paulo e Barnabé a
Antioquia, a saber: Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens distintos
entre os irmãos. 23 E por intermédio deles ESCREVERAM o seguinte: Os
apóstolos, e os anciãos e os irmãos, aos irmãos dentre os gentios que estão
em Antioquia, e Síria e Cilícia, saúde. ... 28 Na verdade PARECEU BEM
ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais ENCARGO algum, senão estas
coisas necessárias: (At 15:22-23,28).
E, quando chegaram a Jerusalém, FORAM
RECEBIDOS pela IGREJA e pelos apóstolos e presbíteros, e lhes anunciaram quão grandes coisas Deus tinha feito com
eles. (At 15:4)
Querendo ele passar à Acaia, O ANIMARAM OS IRMÃOS, e escreveram aos discípulos que o
recebessem; .... (At 18:27)
(em grandes catástrofes)
16 Mas,
graças a Deus, que pós a mesma solicitude por vós no coração de Tito;
... 19 E não só isto, mas foi
também escolhido pelas igrejas para companheiro da nossa viagem, nesta graça
que por nós é ministrada para glória do mesmo Senhor, e prontidão do vosso
ânimo; ... 24 Portanto,
mostrai para com eles, e perante a face das igrejas, a prova do vosso amor,
e da nossa glória acerca de vós. (2Co 8:16,19,24)
(e ocasional fiscalização/ recebimento de seus relatórios).
Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram. E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre. (At 13:3-4)
E dali navegaram para Antioquia, de onde tinham sido encomendados à graça de Deus para a obra que já haviam
cumprido. (At 14:26)