No Texto Crítico: Retalhos Inventados Do Nada (Ou Quase Nada)





Autor: Dr. Wilbur Pickering



Editado por: Hélio de M.S., jan.2013


O Pr. e Doutor Wilbur (Gilberto) Norman Pickering apresentou informações que me impactaram bastante. Tais informações estão no parágrafo “Resultados da Crítica Textual Moderna (Ecletismo)” do anexo ”Algumas Considerações”, da “Oficina Bíblica: As Traduções do Novo Testamento em Português e Inglês” (Brasília, 1-2.Dez.2012)


Eu (Hélio) vou tentar expressar estas impactantes informações em forma de uma tabela. (Mas, antes, vou lembrar ao leitor que, o Texto Crítico (grego, impresso a partir de 1881) subtrai/ adiciona/ adultera cerca de 7.000 a 10.000 palavras do Novo Testamento do Textus Receptus (grego, sempre existente manuscrito, e impresso a partir de 1516). Entre as Bíblias sendo impressas e que chegam à maioria das livrarias “protestantes”, somente a ACF (Almeida Corrigida Fiel, da SBTB, Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil) é baseada exclusiva e fielmente no Novo Testamento do bom Textus Receptus (a ARC – Almeida Revista e Corrigida – chegava perto disso). As outras bíblias sendo impressas no Brasil e chegando à maioria das livrarias “protestantes”, são, em maior ou menor grau, baseadas no mau Texto Crítico: Tradução Novo Mundo (dos Testemunhas de Jeová), Almeida Atualizada, Almeida Revisada, Almeida Edição Contemporânea, NTLH, NVI, Viva, todas as bíblias ecumênicas como a Jerusalém, etc.). Passo a citar Dr. Pickering:


Um primeiro resultado da crítica textual moderna (ecletismo) é que:


O Texto [crítico] Grego do Novo Testamento se tornou uma COLCHA DE RETALHOS [às vezes inventados do nada ou quase nada]:


[Nota de Hélio: Enquanto o Textus Receptus foi a única base das traduções de todas as Bíblias usadas por todas as igrejas batistas e protestantes de todas as línguas de todos os países do mundo, desde 1522 (em português, a Almeida 1681 e 1753, e a família Almeida Corrigida hoje representada pela ACF, da SBTB), o Texto Crítico (cujo NT difere em cerca de 7000 a 10.000 palavras do TR) somente recentemente foi introduzido e começou a “pegar” nessas igrejas (em português, a Almeida Revista e Atualizada de 1959, seguida da BLH, Viva, Piores Textos, Contemporânea, NVI, e muitas outras numa corrente incessante]

 

Livro analisado: Evangelho de MATEUS

Número de manuscritos contendo este livro: mais de 1700 MSS.

Texto Crítico analisado: UBS3 [Sociedades Bíblicas Unidas]

Numero de Manuscritos em que UBS3 baseou sua redação:

Quantidade de vezes em que o Texto Crítico da  baseou sua redação em apenas este número à esquerda, de MSS

0, ZERO, NENHUM MSS (pura conjectura, invenção a partir do nada) contra todos os mais de 1700 MSS usados pelos redatores da UBS3!

34 vezes (versículos) !!! !!! !!!

Apenas 1 MSS (Codex W), sozinho contra mais de 1700 MSS!

1 vez (versículo)

Apenas 1 MSS (Codex P), sozinho contra mais de 1700 MSS!

1 vez (versículo)

Apenas 1 MSS (Codex D), sozinho contra mais de 1700 MSS!

2 vezes (versículos)

Apenas 1 MSS (Codex C), sozinho contra mais de 1700 MSS!

4 vezes (versículos)

Apenas 1 MSS (Codex L), sozinho contra mais de 1700 MSS!

4 vezes (versículos)

Apenas 1 MSS (Codex À [Álefe, Sinaiticus]), sozinho contra mais de 1700 MSS!

18 vezes (versículos)

Apenas 1 MSS (Codex B [Vaticanus]), sozinho contra mais de 1700 MSS!

Mais de 40 vezes (versículos)

 




(R.J. Swanson, The Horizontal Line Synopsis of the Gospels, Greek edition, vol. 1.)


(Aqui termina o extraído de Dr. W. Pickering)


Você entendeu? Somente contando no Evangelho de Mateus (que tem pouco mais de 1700 manuscritos gregos que sobreviveram ao tempo e chegaram às nossas mãos e estão guardados em museus mas com fotocópias disponibilizados aos interessados) o Texto Crítico, em grego, tem 34 versículos onde INVENTOU uma palavra (ou frase) em grego e a ACRESCENTOU, sem suporte de absolutamente NENHUM (zero, 0, nil, nada!) daqueles 1700+ MSS!!! !!! !!! !!! Ninguém pode discutir: cospem na severa advertência de Deus em Ap 22:18-19!!! !!! !!! !!!
18  Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; 19  E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro.” (Ap 22:18-19 ACF). E em 70 outros versículos (somente se contando em Mateus) o Texto Crítico deliberadamente escolheu uma palavra (ou frase) que está somente em 1 (1, um, uno!) MSS, contra todos os outros 1700+ MSS!!! !!! !!! !!!

A situação é basicamente semelhante em todo o N.T. Eu [Hélio] não tenho o número exato das palavras INVENTADAS no Texto Crítico a partir do nada ou do quase nada, em todo o Novo Testamento, mas, como o NT é 7,5 vezes mais extenso que Mateus, eu não me surpreenderia se este número fosse 7,5 vezes maior, e chegasse a 255 invenções totais e deslavadas, a partir do nada (0 MSS a favor do TC, 1700+ contra), e chegasse a 525 acréscimos a partir do quase nada (1 MSS a favor do TC, 1700+ contra).



Exemplo em Lc 3:33:

 
ACF:
“E Naassom de Aminadabe, e Aminadabe de Arão, e Arão de Esrom, e Esrom de Perez, e Perez de Judá,”
UBS: O texto da UBS (rodapé da NVI) é colcha de retalhos podres, não corresponde a nenhum (0, zero!) MS ou versão antiga (!), e introduz os fictícios Admin e Arní na genealogia de Jesus Cristo.
NVI:
“filho de Aminadabe, filho de Ram {Nota de rodapé}, filho de Esrom, filho de Perez, filho de Judá,” {Nota de rodapé: Alguns manuscritos dizem: “Aminadabe, filho de Admin, filho de Arni, filho de Esrom.” Outros manuscritos contém variações maiores.}

W. Pickering elucida, no seu livro “Qual o Texto Original do Novo Testamento Grego?”:

No Apêndice F:
A variante em Lucas 3:33 que insere os fictícios Admin e Arni na genealogia de Jesus é veneno (estes foram provavelmente o resultado de falta de cuidado dos escribas, ou ignorância deles, mas editores modernos forçá-los para dentro do texto impresso é irresponsabilidade)


No Apêndice H:
Problema: Os fictícios Admin e Arni são introduzidos na genealogia de Cristo.

Discussão: O texto da UBS tem distorcido a evidência no seu aparato crítico, de modo a esconder o fato que nenhum MS grego tem o exato texto que imprimiram, uma verdadeira “colcha de retalhos.” Ao apresentar o raciocínio da Comissão da UBS neste caso, Metzger escreve: “A Comissão adotou o que parecia ser a forma menos insatisfatória do texto” (pag. 136). Não é esta uma boa candidata ao título de “a completa afronta do ano?” Os editores da UBS combinam ingredientes inventando sua própria redação e a proclamam ser “a menos insatisfatória”! E o que exatamente pode ser “insatisfatório” nas palavras da vasta maioria dos MSS, exceto que não introduzem quaisquer dificuldades?
      Há completa confusão no campo Egípcio. Esta confusão tem que ter começado no segundo século, resultando de vários erros fáceis de ocorrer ao transcrever, simples enganos ao copiar. É muito fácil mudar ARAM para ARNI (nos primeiros séculos, somente letras maiúsculas eram usadas): com uma pena de escrever que começa a arranhar, os traços cruzantes no A e no M poderiam ficar claros, e um copista subsequente poderia confundir a perna esquerda do M como acompanhando o
L, de modo a fazer um N, e a perna direita do M se tornaria um I. Muito cedo “Aminadabe” foi soletrado errado, como “Aminadam”, o que sobreviveu em cerca de 25% dos manuscritos existentes. O “Adão” de Aleph, sirs e copsa surgiu de uma fácil instância de homoioarchon [vide o Glossário] (o olho do copista foi do primeiro A em “Aminadabe” para o segundo, abandonando “Amin” e deixando “Adam” ). AD  são facilmente confundíveis, especialmente quando escritos à mão – “Admin”  presumivelmente veio de “AMINadab/m”, embora o processo fosse mais complicado. O "i" de "Admin" e "Arni" é adulterado para “ei” em Códice B (uma ocorrência frequente naquele MS – talvez devido à influência Cóptica). Códice Aleph fez a conflação [vide o Glossário] do ancestral que produziu “Adam” com aquele que produziu “Admin”, etc. A total confusão do Egito não nos surpreende, mas como explicaremos o texto e aparato da UBS neste exemplo? O que controlou os editores da NASB, NRSV, TEV, LB, Berkeley, etc. para adotarem um tão grosseiro erro?

 

Exemplo em At 16:12:


ACF:
E dali para Filipos, que é a primeira cidade desta parte da Macedônia, e é uma colônia; e estivemos alguns dias nesta cidade.”  
UBS  acrescenta "romana" depois de colônia, o que é mera conjectura [inventar, “chutar”], algo que não existe em nenhum MS conhecido!
NVI (traduzi do inglês para o português):
“Dali partimos para Filipos, na Macedônia, que é colônia romana e a principal cidade daquele distrito. Ali ficamos vários dias.” A NVI nem sequer põe em itálicas , ou assinala em rodapé ou com colchetes [ ]m nem faz qualquer tipo de tentativa para indicar que a palavra “romana” não vem de Deus, é invenção e adição humana. A NVI a faz passar como palavra de Deus! A UBS e a NVI cospem em Ap 22:18!




Em
http://www.biblekjv.com/cmt/nttxt/nttext04.htm encontramos uma descrição da Emenda Conjectural que fala por si mesma, da sua loucura:

... A subjetividade do Crítica Textual atinge seu ponto mais baixo em aceitar Emenda Conjectural como um componente válido da metodologia da Crítica Textual. De acordo com Metzger, "Se a única leitura, ou cada uma das leituras variantes diversas que os documentos de uma fonte de texto tem, é impossível ou incompreensível, então o único recurso restante ao editor é conjecturar [tentar adivinhar, inventar] o que a leitura original deve ter sido" (p. 182) . Ele cita exemplos absurdamente exagerados a partir de textos de Shakespeare para ilustrar a necessidade de Emenda Conjectural (p. 183), aparentemente devido à falta de qualquer desses exemplos do Greek New Testament em si, ele admite que "a quantidade de evidências para o texto do Novo Testamento ... é muito maior do que para qualquer autor antigo clássico, de modo que a necessidade de recorrer a Emenda Conjectural é reduzida a dimensões muito menores" (pág. 185). No entanto, ele menciona com satisfação evidente como Westcott e Hort, em cerca de 60 lugares em sua edição do Greek New Testament, "suspeitaram" da necessidade de Emenda Conjectural (p. 184). Ele observa que o aparato crítico de Nestle-Alland 27 inclui "cerca de 200 Conjecturas Críticas" (p. 185), ou "cerca de 165 Conjecturas Críticas" (p. 287), e aceita "a legitimidade teórica de aplicar ao Novo Testamento um processo que tantas vezes tem sido encontrado essencial na restauração do texto correto de autores clássicos" (pág. 185). ... Hort elogia a subjetividade da Crítica Textual, afirmando que Emenda Conjectural transcende a simples lógica: "A arte de Emenda Conjuntural depende para o seu sucesso ... de dotes pessoais, de fertilidade de recursos [de genialidade?] em primeira instância, e ainda mais de uma valorização da linguagem demasiado delicada para concordar com apenas correções plausíveis " (p. 71), assim, evidentemente, louvando e preferindo correções implausíveis. Metzger explica: "Desde que a crítica textual é uma arte, assim como uma ciência, é compreensível que, em alguns casos diferentes estudiosos virão a diferentes avaliações da importância da evidência" (p. 210). Ele acrescenta: "Ensinar outra [pessoa muito educada e inteligente] como se tornar um Crítico Textual é como ensinar outra [pessoa muito educada e inteligente] como se tornar um poeta" (p. 211).



Uma lista de 60 passagens onde Westcott e Hort acharam que nenhum [0, zero!] MS trazia o texto original e deviam ser “Emendadas por Conjectura” é encontrada na nota 2 na página 184 da 2ª e 3ª edição de The Text of the New Testament (Its Transmission, Corruption, and Restoration), de Bruce M. Metzger.
http://ia601201.us.archive.org/18/items/TheTextOfTheNewTestament2ndEdit/TheTextOfTheNewTestament2ndEdit_text.pdf

The following are the passages where Westcott and Hort suspected the presence of a 'primitive error': Matt. xxi. 28 ff.; xxviii. 7; Mark iv. 28 ; Luke xi. 35 ; John iv. I ; vi. 4; viii. g; Acts iv. 25; vii. 46; xii. 25; xiii. 32, 43; xvi. 12; xix. 40; xx. 28; xxv. 13; Rom. i. 32; iv. 12; v. 6; vii. 2; xiii. 3; xv. 32; I Cor. xii. 2; 2 Cor. iii. 3, 17; vii. 8; xii. 7; Gal. v. 1 ; Col.ii. 2, 18, 23; 2 Thess. i. lo; 1 Tim.iv. 3; vi. 7; 2 Tim. i. 13; Philem., vs. 9; Heb. iv. 2; x. 1 ; xi. 4, 37; xii. 1 1 ; xiii. 21 ; I Pet. i. 7; iii. 21 ; 2 Pet. iii. 10, 12; 1 John v. 10; Jude, vss. 1, 5, 22 f.; Rev. i. 20; ii. 12, 13; iii. 1, 7, 14; ix. 10; xi. 3; xiii. 10, 15, 16; xviii. 12; xix. 13.


Autor: Dr. Wilbur Pickering



Editado por: Hélio de M.S., jan.2013


 

Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas).

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