Matt Slick
(traduzido, adaptado e expandido por Hélio)
Não, os anjos caídos não podem se arrepender [na verdade, nunca terão a mais
remota possibilidade de sequer desejar se arrepender, nunca terão a mais remota
possibilidade sequer desejar sequer um dos termos de Deus]. Os anjos caídos
foram entregues à sua pecaminosa rebelião. Arrependimento é algo concedido por
Deus [somente] aos homens (“Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se
porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade, ” (2Tm
2:25 ACF)), e é parte do operar que
resulta em salvação, operar este que é a obra exclusivamente de Deus. Anjos não
têm nenhuma maneira de ser redimidos, sabemos disso pela Bíblia, porque o
padrão de redenção envolve a encarnação de Deus, onde Ele tomou carne de homem
e se tornou um homem como nós e morreu para benefício e em lugar de nós
os homens. Isto significa que somos capazes de ser resgatados pelo
sacrifício de Cristo, o Deus em carne (“No princípio era o Verbo, e o Verbo
estava com Deus, e o Verbo era Deus.” (Jo 1:1 ACF); “E o Verbo se fez
carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do
Pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo 1:14 ACF) “Porque nele habita
corporalmente toda a plenitude da divindade;” (Cl 2:9 ACF)). Mas não existe nenhuma semelhante obra redentora à
disposição do reino dos anjos caídos. Portanto, não há nenhuma regeneração possível
(nem possibilidade de mudança da situação caída, dos demônios), o que significa
que não há nenhuma possibilidade de nenhum arrependimento por parte dos anjos
caídos.
A Bíblia fala de anjos eleitos ou anjos escolhidos. “Conjuro-te
diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, e dos anjos eleitos, que sem
prevenção guardes estas coisas, nada fazendo por parcialidade. ” (1Tm 5:21 ACF).
Assim, podemos ver que há anjos escolhidos. Isso
provavelmente significa que Deus elegeu alguns anjos [2/3 deles] para não caírem
na grande rebelião espiritual que houve [poucos dias] depois da criação do
mundo. Uma vez que eles foram escolhidos para não cair, isto provavelmente teve
um propósito: servirem a Deus. Nós, como seres humanos, não fomos escolhidos
por Deus para não cair, mas fomos escolhidos para ser resgatados (2
Tessalonicenses 2:13; Efésios 1:4-5).
Assim, os anjos caídos não têm a menor possibilidade de se arrepender, ser
salvos, e passar a eternidade com Deus. Eles conheceram a Deus no reino
espiritual, O rejeitaram, e vão enfrentar o Seu justo castigo.
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Em 1 Timóteo 5:21 (“Conjuro-te diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, e dos anjos eleitos, que sem
prevenção guardes estas coisas, nada fazendo por parcialidade. ” (1Tm 5:21 ACF)), os anjos são chamados de "eleitos". Isto
sugere que, uma vez que optaram por permanecer fiéis a Deus e nunca a Satanás,
a decisão deles é permanente. À medida que eles continuam a servir a Deus eles
estão "confirmados em santidade." Louis Berkhof explica desta forma:
"É evidente que Os anjos receberam uma graça especial de perseverança,
pela qual foram confirmados em sua posição." Devido a esta graça, os
santos anjos são incapazes de pecar, e sua alegria é amar a Deus de todo o
coração e servir-Lhe sempre, de todo coração.
Leiamos Ap 21:12 “E tinha um grande e alto muro com doze portas, e nas portas doze
anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos dos
filhos de Israel.” (ACF). Na eternidade futura, a cada momento 12 dos
milhões de milhões de anjos eleitos, os santos anjos fiéis a Deus, atuarão como
guardiões dos 12 portões da Nova Jerusalém.
Agora, leiamos He 12:22 “Mas vós chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém
celestial, e aos muitos milhares de anjos;” (ACF)
Portanto, na eternidade futura, a Nova Jerusalém será o um só destino
e localização dos santos anjos e o dos homens salvos de todos os tempos e
que terão seus corpos glorificados e que não mais casarão nem serão dados em
casamento. “Porque
na ressurreição nem casam nem são dados em casamento; mas serão como os
anjos de Deus no céu.” (Mt 22:30 ACF).
O destino eterno dos homens salvos e dos santos anjos é um só: nenhum
elemento dos dois grupos poderá jamais, nem por 1 segundo nem 1 grau, deixar de
crer, amar, adorar e servir ao Deus Triúno, de todo seu coração e alma e
entendimento e forças.
Por outro lado, o destino eterno dos homens perdidos e dos anjos caídos também
é um só: no Lago de Fogo de sofrimento literal, eterno, consciente,
inescapável, então, do modo como será com os homens perdidos também será com os
anjos caídos: nenhum elemento dos dois grupos poderá jamais, nem por 1 segundo
nem 1 grau, deixar de descrer, odiar, blasfemar, desobedecer e estar em revolta
contra o Deus Triúno, de todo seu coração e alma e entendimento e forças.
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Nem sempre é válido um "argumento baseado no silêncio" (que alega que
uma coisa é verdade porque a Bíblia nunca explicitamente afirma o
contrário"). Por exemplo, não é válido se dizer que "na eternidade
teremos dois queixos porque a Bíblia nunca explicitamente diz que não
teremos." Mas quando uma coisa é o óbvio ou natural de se pensar (quer
pela sadia lógica, ou pelos muitos exemplos semelhantes na Bíblia, ou por
coerência com outras doutrinas clara e firmemente estabelecidas pela Bíblia
interpretada literalmente dentro de suas dispensações e contextos), e quando a
Bíblia silencia em estabelecer o oposto a ela, e este oposto é tão
extraordinário que o bom senso indica que, se pudesse ocorrer, seria de se
esperar que Deus o tivesse revelado na Bíblia, então o argumento do silêncio
pode ser usado e tem enorme força. Por exemplo, nunca é explicitamente dito que
na eternidade teremos múltiplos queixos, mas ter múltiplos queixos só é
possível se tivermos muitas bocas com seus dentes e línguas, e isto é algo tão
não natural, tão estranho, tão chocante, que podemos dizer que, se pudesse
ocorrer, Deus nos teria dito na Sua Palavra, e podemos, sim, usar o argumento
do silêncio para afirmarmos o contrário, isto é, que, na eternidade, continuaremos
a ter, cada um de nós, um só queixo.
De modo semelhante, a Bíblia nunca, jamais, abre a menor sombra de
possibilidade de um anjo caído se arrepender e ser salvo, e aprendemos que
salvação só é possível pelo derramamento do sangue de um representante perfeito
(sem pecado) da raça do pecador (Deus tendo encarnado como um exemplar daquela
raça e morrendo em benefício e em lugar dela), e anjos não têm corpo, portanto
não podem morrer, não podem derramar sangue que não têm, etc., portanto podemos
concluir, mesmo pelo argumento do silêncio, que nenhum anjo caído têm, jamais,
a menor possibilidade de se arrepender e, ainda mais, de ser salvo.
Por outro lado, a Bíblia nunca, jamais, abre a menor sombra de possibilidade de
um santo anjo fiel a Deus cair, e podemos concluir, mesmo pelo argumento do
silêncio, que isso jamais ocorrerá com nenhum deles, pois o bom senso indica
que, se pudesse ocorrer, seria de se esperar que Deus o tivesse revelado na
Bíblia.
Matt Slick
(traduzido, adaptado e expandido por Hélio)
Só use as duas Bíblias traduzidas rigorosamente por equivalência formal a partir do Textus Receptus (que é a exata impressão das palavras perfeitamente inspiradas e preservadas por Deus), dignas herdeiras das KJB-1611, Almeida-1681, etc.: a ACF-2011 (Almeida Corrigida Fiel) e a LTT (Literal do Texto Tradicional), que v. pode ler e obter em BibliaLTT.org, com ou sem notas.
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